Você já tinha visto a imagem acima? De acordo com o portal Rare Historical Photos, ela foi registrada pelo milionário e fotógrafo francês Albert Kahn em 1913, e mostra uma cena com a qual ele se deparou na Mongólia, enquanto fazia uma longa viagem por “países exóticos”.
Mais precisamente, a situação mostra uma mulher condenada a uma forma de castigo que consistia em trancafiar a vítima em um espaço confinado e deixá-la lá até que morresse lenta e dolorosamente de desidratação e fome. O francês encontrou a pessoa da foto em uma caixa de madeira que havia sido depositada em uma área remota no deserto: esse caixote se tornaria a tumba da pobre coitada.
Minúcias
A seguir você pode conferir a fotografia sem cortes, e observar uma série de detalhes que não ficaram visíveis na imagem acima. Repare, por exemplo, que existem alguns potes ao redor da caixa. Eles inicialmente continham água, mas já se estavam vazios quando Kahn encontrou a mulher — e não voltaram a ser cheios. Além disso, se você olhar com cuidado, vai perceber uma pequena suástica no canto superior esquerdo do caixote. Veja:
Mulher tentando escapar de sua tumba
Segundo o Rare Historical Photos, as pessoas condenadas a esse tipo de castigo podiam mendigar por comida. Entretanto, no caso de que a sentença fosse a morte — como foi o que aconteceu com a mulher da foto — isso apenas prolongava o seu sofrimento, já que raramente os prisioneiros recebiam alimentos em quantidades suficientes para a sua sobrevivência.
Esse método de condenação também contava com algumas variações. Os prisioneiros podiam ser enclausurados em locais bem apertados — como caixões, por exemplo — e negados qualquer acesso a água ou comida. E existem registros de masmorras na Mongólia nas quais os condenados eram fechados em pesadas caixas de ferro onde eles ficavam impossibilitados de deitar ou se sentar com a coluna ereta.
Albert Kahn
Além disso, os prisioneiros desses caixões de ferro só conseguiam ver a luz do Sol durante alguns instantes do dia, quando um pequeno orifício era aberto para que a comida fosse depositada no interior. Voltando à mulher da foto, a imagem foi publicada pela primeira vez em 1922, pela National Geographic, e foi batizada de “Prisioneira mongol em uma caixa”.
Aparentemente, ela foi condenada a morrer dessa forma por cometer adultério — embora não existam provas de que esse realmente foi seu crime —, e Kahn teve que deixar a mulher morrer dentro da caixa para não ir contra a regra estabelecida pela antropologia de não interferir com as leis e sistemas sociais de outras culturas.
FONTE(S)
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