Após cinco jogos de pura adrenalina, o Bauru chegou na noite desta quarta-feira à sua primeira final no Novo Basquete Brasil ao vencer o Mogi das Cruzes, por 77 a 65, no quinto e último jogo da série semifinal, realizado num ginásio Panela de Pressão, em Bauru, totalmente lotado, com cerca de 2,5 mil torcedores. Aos mogianos, em sua terceira temporada, restou se conformar com a repetição do desempenho do ano passado, quando também caíram nas semis, na ocasião para o Flamengo.
A partir da próxima terça-feira (dia 26), no Rio de Janeiro, Bauru inicia a decisão do título diante do Flamengo, numa série melhor de três. O segundo e o terceiro jogo (este, se necessário) têm mando de Bauru, pela melhor campanha, mas serão realizados em Marília porque a cidade não possui ginásio com a capacidade exigida pela Liga Nacional de Basquete (LNB). As datas são 30/5 e 6/6.
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Bauru sofreu com uma incomum ineficiência nos tiros de longa distância, mas chegou à decisão graças às atuações destacadas do armador Ricardo Fischer, cestinha do jogo com 20 pontos, e do pivô Murilo Becker, autor de um duplo-duplo (17 pontos e 12 rebotes). No lado de Mogi das Cruzes, as estrelas Shamell e Tyrone pouco brilharam – anotaram apenas sete e 11 pontos -, cabendo ao pivô Paulão Prestes a maior pontuação (14).
O jogo
Como nos quatro duelos anteriores da série semifinal, o quinto começou marcado pelo equilíbrio e, principalmente, pelo nervosismo. De lado a lado, os ataques terminavam, em sua maioria, nos aros e ou em bolas perdidas, tanto que nenhum dos times superou a marca de 50% de aproveitamento. Mas o Bauru, infeliz especialmente nos tiros do perímetro (de nove tentados, só um caiu), conseguiu ser pior, com apenas 35% de aproveitamento, e perdeu o quarto inicial por 17 a 15.
Murilo foi destaque na partida com um duplo-duplo(jogo 5) (Foto: João Pires/ LNB)
O Mogi seguiu melhor no segundo período e deixou Bauru em situação delicada após cometer quatro faltas em menos de um minuto e meio de bola quicando. Robert Day, com três faltas, precisou ir para o banco. Os mogianos chegaram a abrir sete pontos, mas os bauruenses, que seguiam péssimos nos tiros de três , começaram a reagir com o jogo interno, principalmente com Murilo, em noite inspirada (oito pontos e seis rebotes só na parcial). Os comandados passaram à frente no placar e seguiram assim até o fim da parcial, vencida por 19 a 11, o que garantiu vantagem de seis pontos no intervalo: 34 a 28.
Na volta do intervalo, o jogo recomeça com destaques para os pivôs, com um toco de Paulão em Fischer e Murilo pegando rebote ofensivo no lance seguinte. Mas o drama de Bauru persistia nos tiros do perímetro e, na metade do período a contabilidade já registrava 22 tentativas para apenas dois acertos. Com isso, somado ao excelente desempenho de Paulão na área pintada, Mogi conseguiu passar à frente (43 a 42) faltando dois minutos. A situação só se inverteu a partir daí, quando as bolas longas de Day, duas delas, começaram a cair, o que fez Bauru fechar o quarto em vantagem (16 a 15), levando sete pontos de frente para o período final: 50 a 43.
Bauru voltou para o quarto final em alta velocidade e com o armador Ricardo Fischer assumindo a responsabilidade dos tiros de três. Depois de uma linda ponte aérea com os mogianos Gustavinho-Gerson, Bauru voltou a se acertar em quadra, desta vez com as bolas do perímetro caindo, fazendo a vantagem na metade do período chegar a 11 pontos. Faltando 1’18”, Fischer acerta mais uma de três, leva a diferença a 13 pontos e faz com que, pela primeira vez, o torcedor local ensaiasse o grito de “eliminado” em provocação aos cerca de 50 torcedores de Mogi das Cruzes que viajaram cerca de 400 quilômetros para prestigiar seu time. Bauru controlou o jogo, venceu a parcial por 27 a 22 e fechou a série com vitória por 77 a 65.
Bauru vai encarar o Flamengo na grande final do NBB (Foto: João Pires/ LNB)
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