Segundo comunicado do PECET, a bactéria presente nos mosquitos "impede que o vírus da dengue se desenvolva em seu corpo, e não possam transmitir às pessoas". As liberações destes insetos, 50% machos e 50% fêmeas, se realizarão a cada semana durante os próximos meses "com o objetivo de que os mosquitos do bairro acasalem com os mosquitos liberados e, assim, transmitam a bactéria para as novas gerações". "O primeiro desafio desta investigação é conseguir que os mosquitos portadores de Wolbachia se instalem em Paris e no longo prazo espera-se observar uma redução na transmissão da doença entre os residentes do bairro", explicou o PECET.
A bactéria não é transmitida aos seres humanos, de modo que a picada de um mosquito que a transporte não representa qualquer risco para a saúde. Com a liberação dos mosquitos começa a etapa de aplicação do projeto de investigação "Eliminar a dengue: desafio Colômbia", que começou há dois anos com a seleção do bairro, a conscientização dos habitantes e a preparação dos mosquitos em laboratórios.
O projeto faz parte de uma iniciativa mundial para eliminar a dengue liderada pelo professor Scott O'Neill, da Universidade de Monash, na Austrália, que se aplica também na Indonésia, Vietnã e Brasil. O diretor do PECET e encarregado do projeto na Colômbia, Iván Darío Vélez, garante que "se este experimento der certo e conseguirmos que a população de mosquitos com Wolbachia se estabeleça com o tempo em Paris, será possível monitorar, ao longo do tempo, a diminuição da transmissão da doença entre as pessoas". A Colômbia, país tropical onde a dengue tem muita incidência, registrou quase 40.000 casos da doença em 2015.
Bogotá, Colômbia
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