Presidente firmou compromisso nos EUA com o presidente Barack Obama.
Área de florestas recuperada equivale à metade do estado de São Paulo.
Em declaração conjunta dos governos do Brasil e dos Estados Unidos divulgada nesta terça-feira (30), a presidente Dilma Rousseff assinou compromisso de, até 2030, recuperar 120 mil km² de florestas e aumentar a participação de matrizes renováveis na geração de energia entre 28% e 33%. A presidente confirmou ainda que o país pretende zerar o desmatamento ilegal, mas não definiu uma data para isso.
A assinatura do documento ocorreu após encontro com o presidente norte-americano Barack Obama na Casa Branca, em Washington. O documento, no entanto, não apresenta as metas nacionais brasileiras que serão levadas para a Conferência do Clima de Paris, quando será fechado um novo acordo global para frear o aquecimento global e, com isso, conter a mudança climática.
"O Brasil implementará políticas com vistas à eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio do reflorestamento e da restauração florestal. Para tanto, o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares (120 mil km²) de florestas até 2030", diz o documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.
No anúncio, Dilma e Obama ressaltaram os benefícios de ações para limitar o aumento da temperatura global e assinalaram que, nos últimos anos, os dois países têm estado "ativa e produtivamente engajados" em atividades que reduziram emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com a declaração conjunta, Brasil e Estados Unidos reduziram emissões de gases de efeito estufa desde 2005. O texto diz que o Brasil reduziu as emissões em cerca de 41% desde 2005, enquanto os Estados Unidos diminuíram em cerca de 10%.
Na declaração, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho formado pelo Brasil e pelos Estados Unidos sobre mudanças do clima, com o objetivo de "ampliar a cooperação bilateral em questões relacionadas ao uso da terra, energia limpa e adaptação, bem como diálogos políticos sobre a questão climática em nível nacional e internacional."
Matriz energética
No mesmo documento, o governo brasileiro afirma que pretende que a matriz energética do país seja composta de 28% a 33%, em 2030, por fontes renováveis (eletricidade e biocombustíveis), além da geração hidráulica.
No mesmo documento, o governo brasileiro afirma que pretende que a matriz energética do país seja composta de 28% a 33%, em 2030, por fontes renováveis (eletricidade e biocombustíveis), além da geração hidráulica.
Dilma chegou aos Estados Unidos no último sábado (27) acompanhada de ministros e cumpriu agenda em Nova York. No domingo (28) e em parte desta segunda (29), ela teve série de encontros com empresários de diversos setores, como o financeiro e o de infraestrutura.
Nesta segunda, ela embarcou para Washington, onde visitou, ao lado de Obama, o Memorial Martin Luther King JR., em homenagem ao líder da luta por igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos. Na sequência, os dois seguiram para um jantar na Casa Branca.
Nesta segunda, ela embarcou para Washington, onde visitou, ao lado de Obama, o Memorial Martin Luther King JR., em homenagem ao líder da luta por igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos. Na sequência, os dois seguiram para um jantar na Casa Branca.
À época, a presidente cancelou a visita de Estado que faria aos Estados Unidos. Em entrevista a um jornal belga no início de junho, Dilma disse que o caso é "uma questão do passado".O encontro entre Dilma e Barack Obama marca a superação da crise diplomática entre os dois países, iniciada em 2013, quando documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden revelaram que os EUA monitoraram atividades de outros países e de seus líderes, incluindo Dilma
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