quarta-feira, 29 de julho de 2015

Assassinato de leão símbolo do Zimbábue comove os internautas

O Leão Cecil era uma celebridade no Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue. Essa reserva ecológica foi fundada em 1928 e mantém mais de cem espécies de mamíferos, conseguindo um ótimo resultado na preservação animal. Ou ao menos conseguia, até a morte de Cecil no começo deste mês.
O leão, que era um dos símbolos do parque, foi atingido por uma flecha e agonizou por cerca de 40 horas até ser friamente aniquilado com um tiro, ter sua cabeça decepada e sua pele retirada. O culpado? Um dentista norte-americano chamado Walter Palmer, que teria pagado US$ 55 mil dólares pela caça ilegal.
Palmer alega que não sabia se tratar de uma caça ilegal. Segundos investigadores, o dentista teve a ajuda de dois guias locais para atrair o leão até fora dos limites do parque e assim poder abater o animal. Os dois guias foram interrogados nesta quarta-feira (29) por uma corte no Zimbábue. O dentista não se encontra mais no país africano.
Dentista Walter Palmer exibe "troféus" de outras caçadas

Consultório fechado

A polícia descobriu o crime depois de encontrar a carcaça do animal abandonada em uma fazenda de Theo Bronjorst e Honest Tyrone Ndlovu. Cecil carregava um colar com GPS, que não foi corretamente retirado pelos seus carrascos. Eles teriam usado uma isca para atrair o felino para fora dos limites do parque, mas a flecha atirada por Palmer não o matou imediatamente.
Ao localizarem o bichano agonizando, 40 horas depois, descobriram que se tratava de um animal monitorado. Eles tentaram destruir o colar rastreador e mutilaram a carcaça de Cecil. Entretanto, não conseguiram impedir que a polícia o localizasse.
Desde que a notícia se espalhou, diversos grupos de proteção animal têm divulgado notas de repúdio ao comportamento do dentista norte-americano. Palmer teria confessado, inclusive, que matou um urso no estado de Wisconsin (EUA), em 2008. Por conta dos comentários na internet, ele fechou o site e a clínica na qual trabalhava. Ele se diz profundamente arrependido pelo ato.

Reação na internet

Além de ONGs de proteção animal, diversas outras pessoas, incluindo celebridades, transformaram Cecil em um mártir da caça ilegal na África. Na internet, inúmeras mensagens lamentando a morte do leão estão pipocando em diversos cantos do mundo.
Algumas pessoas, inclusive, estão deixando bichinhos de pelúcia na porta do escritório odontológico onde Walter Palmer atendia. Um recado chamando-o de “covarde” também foi afixado na porta de seu consultório.
Confira algumas mensagens:

Caça legalizada

Em diversos países africanos, inclusive no Zimbábue, a caça a leões é permitida, desde que os caçadores obtenham uma licença das autoridades para isso. A prática, entretanto, está diminuindo drasticamente a população dos felinos no continente. Estima-se que há um século mais de 200 mil leões habitavam a África. Esse número caiu para menos de 30 mil nos últimos anos.
A morte de Cecil traz ainda mais consequências. O famoso leão havia deixado uma ninhada de 24 pequenos filhotes, que deverão ser mortos por outros machos como forma de mostrar domínio sobre as leoas viúvas de Cecil. Com isso, eles podem tomá-las para si e perpetuar seus próprios genes.
Os dois guias zimbabuanos podem pegar até 15 anos de prisão caso sejam condenados.
Filhotes de Cecil podem ser mortos por outros machos do parque

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