1 - A origem da palavra "vulcão"
O deus romano do fogo, Vulcano, filho de Júpiter e de Juno, foi a inspiração para batizar os vulcões. Era ele que, segundo a mitologia, controlava também a lava cuspida pelos montes.
Nada mais apropriado, mesmo que a mitologia não seja tão bacana com a entidade: Vulcano era desprezado pelos pais por ser muito feio e traído frequentemente pela esposa.
2 - Mama mia! Quanto vulcão!
O vulcão Etna em erupção em 2011
A Itália é o país com a maior quantidade de vulcões na Europa: são 14 no total. Isso acontece porque a península itálica fica sobre a fissura das placas tectônicas da Eurásia e da África.
Três vulcões, no entanto, são os mais conhecidos: Etna, Stromboli e Vesúvio – o único ativo na parte continental da Europa e famoso pela destruição de Pompéia há milhares de anos.
3 - Erupção de mentirinha
PEGADINHA DO MALANDRO! IÉ IÉ!
Os moradores da cidade de Sitka, no Alasca, acordaram um belo dia em 1974 e tiveram uma desagradável surpresa: uma fumaça preta estava saindo do topo do Monte Edgecumbe, um vulcão que estava adormecido há 400 anos.
As autoridades locais foram inundadas por ligações de cidadãos desesperados com o que poderia acontecer. Então, a guarda costeira foi chamada para verificar se realmente havia atividade no monte.
Chegando lá, no entanto, a surpresa foi outra: a fumaça preta era de diversos pneus sendo queimados – e ao lado deles, pintado em spray na neve, os seguintes dizeres: APRIL FOOL – ou 1º de abril, para nós brasileiros. O engraçadão, responsável pela peça, se chamava Porky Bickar, e era conhecido por armar pegadinhas – a erupção, no entanto, foi a mais engenhosa de todas.
4 - "Vou... explodi"
O que muita gente não sabe é que diversas erupções acontecem diariamente: entre 10 a 20 vulcões entram em atividade em algum lugar do mundo todos os dias – o total passa de 1.500 ao redor do planeta, mais os que ficam no fundo dos oceanos.
Um detalhe importante é que se todos eles resolvessem explodir ao mesmo tempo, teríamos um resultado muito, mas muito pior que um "inverno nuclear". Melhor ficar só com os 10 por dia mesmo.
5 - Um vulcão. Na Antártida. Por que não?
Um vulcão gelado
O Monte Érebo é um vulcão um pouco peculiar: ele fica na Antártida e é o mais meridional em atividade. Ele é um dos poucos no mundo que permitem que estruturas de pesquisa sejam instaladas próximas à área de erupção pela característica mais "calma" da emissão de lava.
De vez em quando, porém, ele resolve cuspir o que os especialistas chamam de "bombas de lava", compostas basicamente de cristais e lava.
6 - As chamas azuis do Kawah Ijen
Não é magia, é ciência – mais especificamente, enxofre pegando fogo!
O Kawah Ijen é um vulcão que fica na Indonésia e ficou bem conhecido na internet depois que algumas (belíssimas) imagens registradas pelo fotógrafo Oliver Grunewald mostraram imensas faixas de fogo azul que desciam ao redor do monte.
Muitos pensavam que era lava, mas na verdade a cor é resultado da combustão do enxofre pela lava. As rochas derretidas que são expelidas pelo vulcão saem em temperaturas tão altas (podendo passar de 600 graus centígrados) que fazem com que a substância queime e dê a coloração azulada para o fogo.
7 - Erupção no Peru = Fome na Rússia
No século XVII, o vulcão Huaynaputina, no Peru, entrou em erupção. Esse tipo de situação gera diversos transtornos nas localidades ao redor do monte, mas, nesse caso, o impacto foi um pouco maior.
A atividade do vulcão peruano – a maior da história no Ocidente – alterou de forma substancial o clima no mundo todo, fazendo com que os invernos fossem bem mais rigorosos que o normal. As baixas temperaturas, por sua vez, prejudicaram plantações na Rússia.
O resultado de tudo isso foi a morte estimada de dois milhões de russos por conta da fome que assolou o país durante dois anos – período conhecido como "tempo de dificuldades".
8 - "Por favor, não se jogue no vulcão"
Monte Mihara
O Japão tem alguns vulcões também, sendo o Monte Fuji o mais conhecido deles. Porém, é o Monte Mihara que chama a atenção: por ter um acesso extremamente fácil até a "boca" do vulcão, na década de 20 e 30 diversas pessoas foram até lá para se suicidar. É estimado que mais de 600 japoneses tenham se jogado para a morte em 1936.
O governo, então, ergueu uma cerca em volta da base do vulcão para tentar impedir que as pessoas chegassem até lá – o que atenuou o problema, mas não o eliminou completamente.
9 - Lago mortal
Lago Nyos
Diversos vulcões tem também um lago vulcânico por perto, e foi um desses que matou mais de 1.700 pessoas na África.
O Nyos, chamado também de "o lago ruim", fica na região noroeste de Camarões e carregava uma série de lendas a seu respeito, incluindo uma de que existia um espírito que saía de dentro das águas e matava as pessoas que moravam ao redor do lugar.
Essa lenda, no entanto, tinha um fundo científico de verdade: o Nyos se formou em uma cratera vulcânica e contém níveis altíssimos de CO2 em função da atividade que acontece abaixo dele. O problema é que, diferente da maioria, o lago funcionava como um recipiente que armazenava o gás sob pressão.
Um dia, por um motivo desconhecido – que pode ter sido um pequeno deslizamento, uma erupção ou algo parecido –, o lago explodiu e lançou uma coluna de água a quase 100 metros de altitude. O problema, no entanto, foi que a quantidade massiva de CO2 dentro do lago também foi liberada, matando diversas pessoas e animais que ficavam nos vilarejos do local por asfixia em questão de minutos.
10 - Plantou milho, nasceu vulcão
Paricutin: o vulcão que nasceu no meio de uma plantação de milho (e destruiu tudo em volta dele)
O Paricutín é o vulcão mais jovem do mundo (que se tem conhecimento) e fica no México. As circunstâncias do seu "nascimento", no entanto, são realmente curiosas: ele apareceu no meio de uma plantação de milho de um fazendeiro em 1943, e em uma semana ele já tinha a altura de um prédio de cinco andares.
O prematuro vulcão continuou crescendo e, depois de uma erupção em 1952, duas cidades foram cobertas por lava e deixaram de existir. Atualmente ele é considerado inativo.
11 - Eternizado na pintura
O céu vermelho em "O Grito" de Edvard Munch
Uma das mais conhecidas pinturas do mundo, O Grito, de Edvard Munch, pode ter sido fortemente influenciada por um vulcão. Em 1883, um vulcão chamado Krakatoa explodiu na Indonésia – e essa explosão foi tão forte que, devido as grandes quantidades de dióxido sulfúrico lançadas na estratosfera, a temperatura do mundo todo caiu, em média, 16 graus celsius.
Outra consequência da explosão foi que, durante muito tempo e em função também da quantidade da substância, o pôr do sol em diversas regiões frequentemente apresentava uma coloração bem avermelhada – inclusive na Noruega, terra de Munch.
Como pode ser conferido na pintura, feita em 1893 – portanto 10 anos após a erupção do Krakatoa –, a cor vermelha do céu pode ser um retrato de como estava a situação na época, ou seja, uma influência direta do vulcão nas artes.
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