Durante a manhã desta quarta-feira (9), o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte divulgou o balanço das ações de combate à corrupção no Estado. Osdados apresentados colocam RN como uma das federações mais tolerantes em relação à corrupção. O balanço foi divulgado durante o ato MP no Combate à Corrupção, promovido no prédio do Ministério Público do Trabalho.
No ano de 2015, o MPF propôs a Justiça 94 ações penais referentes a crimes de corrupção. O número é o maior do país. São Paulo, por exemplo, aparece apenas na quinta colocação do ranking, com 49 ações penais propostas este ano.
Ainda de acordo com o balaço do Ministério Público Federal, o Rio Grande do Norte também aparece entre os estados com o maior número de inquéritos civis público em andamento. Os dados mais recentes apontam 1.347 inquéritos abertos, o que coloca o Estado na sétima colocação. O Rio Grande do Norte fica atrás apenas do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. O Paraná, federação onde ocorre os desdobramentos da Operação da Lava Jato aparece apenas na 15ª colocação.
O número de ações por improbidade administrativa também são altos. O Rio Grande do Norte aparece na quinta colocação, com 74 ações propostas em 2015.
Segundo o procurador da república, Fernando Rocha. Os principais crimes cometidos no Estado são desvio de recursos públicos e fraudes em licitações. Para o procurador, entre as causas dos acometimentos desses crimes está a permissividade da população potiguar quanto aos crimes relacionados à corrupção ao longo dos anos. No entanto, essa visão está mudando.
“A população está mais preocupada no sentido de apuração desse tipo de crime. Ela está proativa e vigilante na questão pública. Ao longo dos anos, o principal problema do país, segundo a população, era o emprego, a saúde ou a educação. Em 2015, isso mudou. Pela primeira vez a corrupção passou a ser considerada o principal problema do país”, afirmou.
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