Em território habitado pelos índios Potiguares, em fins do século XVII, Baltazar Nogueira, filho de Manoel Nogueira, fundador do município de Apodi estabeleceu uma fazenda de gado às margens da lagoa do Apanha-Peixe e construiu, para se defender dos prováveis ataques indígenas, uma casa forte, porém sem êxito. Durante uma viagem sua a Pernambuco os índios invadiram a fazenda, saquearam e queimaram a casa.
Posteriormente o fidalgo português, Tenente-General Francisco de Souza Falcão, vindo de Pernambuco com sua família e dois sobrinhos de sua esposa, fundou uma fazenda em Cachoeira, na sesmaria do mesmo nome comprada a Félix da Cruz. Pouco tempo depois da chegada da família pernambucana, a filha de Souza Falcão, a jovem Ana, casou-se com seu primo Leandro Bezerra da Cunha Cavalcante. Depois do casamento, Leandro fundou, por ordem de seu sogro uma fazenda localizada nas proximidades do riacho bem perto de um bosque de caraubeiras. Corria então o ano de 1780.
Em 1791, uma grande seca ameaçou exterminar o gado da região. Leandro da Cunha, devoto de São Sebastião, prometeu construir uma capela para o santo se surgisse água franca para a manutenção de sua fazenda. Cavando então um poço perto do riacho a água jorrou em abundância e nunca mais secou. A partir desse momento o poço passou a ser chamado de Poço de São Sebastião.
Construída a capela, as romarias e as festas religiosas realizadas atraíam para o local grande número de fiéis, que vinham até mesmo dos mais distantes sertões e, como a fazenda de Leandro não tinha nome, todos diziam que estavam indo para as “Caraúbas”.
O distrito Caraúbas foi criado pela Lei n° 250, de 23 de março de 1852 e elevado à freguesia pela Lei 408, de 1 de setembro de 1858. Em 5 de março de 1868, através da Lei 601, Caraúbas desmembrou-se de Apodi e tornou-se município do Rio Grande do Norte.
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