“Já sonhei em ser miss, participei de concursos e está sendo a realização de um sonho. Isso me faz mais mulher. Não importa o lugar em que estou, importa que eu estou mostrando a minha beleza”, comemora a Miss Primavera 2016.Dentro de uma penitenciária, a jovem Nathally Castanho Lopes, de 20 anos, realizou seu sonho de vencer um concurso de beleza. Ela e outras detentas concorreram ao concurso Miss Primavera 2016, realizado dentro da unidade de Pirajuí (SP).
Este foi o primeiro ano que a unidade de Pirajuí realizou o concurso, como parte das ações de ressocialização das detentas. A unidade também elegeu a Miss Primavera Plus Size e a vencedora Camila Soares Viana, de 27 anos, não se aguentou de alegria. “Foi muito gratificante, significa muito pra mim. Estou explodindo de felicidade”, conta.
Além das vencedoras, todas as mulheres que competiram ganharam um dia de beleza e também mais dignidade. “É a valorização da autoestima. Foram momentos maravilhosos, é emocionante descobrir a mulher além da marginalidade. Elas saem daqui pessoas melhores”, diz a diretora da unidade Graziela Costa.
A Dominique Jeffery, de 30 anos, participou do desfile e ficou muito feliz com a oportunidade. “Significa uma igualdade da nossa classe. Trouxe uma oportunidade de trazer alegria e autoestima.”
Concurso
Para Andreza Ribeiro, que desfilou com seu filho Benjamin de um mês, o motivo foi em dobro para comemorar. “É emocionante passar por um dia assim. Passa muita coisa na cabeça de estar aqui dentro. Em um dia como hoje a gente se sente querida, vê o sorriso de cada uma, é tão bom, sai da rotina. Apesar de tudo foi um dia inesquecível e cada uma delas vai lembrar”, conta.
Funcionários da unidade e da prefeitura, além das detentas assistiram ao desfile na penitenciária que teve várias atrações. Mas o grande astro foi o humorista da cidade Cleide Bi, que apresentou o desfile. As mulheres desfilaram com traje de gala e cada uma, com seu jeito, contou como estava superando seus problemas de estar ali dentro com essa iniciativa. “Além de todas serem vencedoras, levantou a autoestima, fugimos desse mundo da cadeia. Fomos felizes. Vou levar isso para minha vida, temos que ser feliz”, conta Marciara Paiola Pereira, de 28 anos.
Do G1
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