terça-feira, 8 de novembro de 2016

RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL APRESENTA SUGESTÕES PARA COMBATER CRISE NA SEGURANÇA

RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL APRESENTA SUGESTÕES PARA COMBATER CRISE NA SEGURANÇA

Após um trabalho realizado com reuniões e debates entre Órgãos e Poderes integrantes do Sistema de Segurança Pública do Estado, a Comissão Especial de Segurança da Assembleia Legislativa, apresentou relatório com diagnóstico da situação no Rio Grande do Norte. Resultado foi lido pela relatora da Comissão, a deputada Cristiane Dantas (PCdoB), durante sessão ordinária desta terça-feira (8). Entre as soluções apontadas estão a destinação das emendas parlamentares, convênios entre entes para pagamento de despesas decorrente de atividade de Segurança Pública e curso de formação dos suplentes do concurso da Polícia Militar.

“O relatório traz um diagnóstico a partir de estudos e ações para o enfrentamento da crise no Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, que foram debatidos entre os diversos atores que atuam no dia-a-dia do Sistema. Os deputados se uniram para remanejar emendas para Segurança e concordaram com o repasse de R$ 300 mil de emendas impositivas. A medida dos 24 deputados estaduais irá gerar cerca de R$ 7 milhões para ações do setor”, disse Cristiane Dantas.
 
Durante mais de dois meses, desde que foi instituída pelo presidente da Casa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), a comissão baseou sua atuação em reuniões públicas, sendo uma de instalação e as demais para ouvir os Órgãos e Poderes integrantes do Sistema de Segurança Pública do Estado, com pautas específicas. A comissão é composta, além da deputada Cristiane Dantas, pelo parlamentar Hermano Morais (PMDB), presidente, e contou com a participação dos deputados Tomba Farias (PSB) e Vivaldo Costa (PROS).

Um dos problemas discutidos foi a atuação da polícia metropolitana e o custeio que esse patrulhamento exige, diante dos frequentes atrasos nas faturas de água e luz das sedes, aluguéis dos carros utilizados pelo grupamento, inconstância do Governo do Estado quanto ao pagamento das diárias operacionais e o reduzido número do efetivo que a lei permite e a sociedade exige.

O efetivo da Polícia Civil do RN também se apresenta deficitário. A situação do Instituto Técnico-científico de Perícia (ITEP) também entrou na pauta. O Instituto trabalha com um déficit de 85 servidores, além da dificuldade na realização de exames de DNA, já que o procedimento não é realizado no Rio Grande do Norte, retardando a liberação de corpos que exijam o exame.

A situação do Corpo de Bombeiros Militar, FUNDAC e da Defensoria Pública, enquanto órgão de Execução Penal, também fui discutida.  O quadro de defensores é de apenas 38 para atuar em 65 Comarcas, porém a presença acontece somente em 9 Comarcas de modo deficitário. O Juiz da Execução Penal, Dr. Henrique Baltazar dos Santos considerou três pontos que culminariam na resolutividade da situação. O primeiro ponto é a necessidade de existência de unidades prisionais, isolando líderes das facções para que se possa diminuir o poder de influência deles na sociedade. Outra solução apresentada diz respeito aos presídios específicos para servidores públicos.

Apontou, por fim, a necessidade de construção de pequenos presídios espalhados no interior do Estado.

Ainda durante as reuniões, o secretário de Justiça, Walber Virgolino, afirmou que apesar da crise, houve avanços com a redução do número de fugas, mortes e rebeliões, mediante a união dos esforços de todos que compõem a Segurança Pública e Governo, mas também à mudança de mentalidade a respeito do Sistema Penitenciário. Segundo Gustavo Nogueira, secretário de Planejamento do Governo, o Estado aplica em Segurança 13%, estando acima do limite estabelecido, mas mesmo assim os recursos são insuficientes. 

No relatório, as medidas adotadas seriam celebrar convênios com os municípios para fins de cooperação financeira visando o custeio complementar e subsidiário das atividades de segurança pública. Todavia, o valor pago a título de “custeio complementar e subsidiário” não pode ser direcionado para o pagamento de despesas de pessoal. Outra solução é a formação dos suplentes do último concurso da PM. Conforme o relatório, o Governo investiria R$ 6,4 milhões com a formação de 708 novos policiais em até 10 meses. Comissão sugere que o valor seja fruto de emenda parlamentar coletiva ao Orçamento Geral do Estado de 2017.  

Durante a leitura do relatório, os deputados Tomba Farias (PSB) e Jacó Jácome (PSD) elogiaram o trabalho da Comissão e ressaltaram a necessidade de cumprimento das medidas. “Que essas emendas não fiquem apenas no papel ou virem folha de pagamento para o Estado. Os deputados destinaram aproximadamente R$ 7 milhões e precisamos ver isso sendo transformado em realidade”, disse Tomba.

Para concluir, a deputada Cristiane Dantas fez um apelo para que os deputados façam o remanejamento das emendas até o próximo dia 10, para que o Governo libere os recursos.

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