Jesus Cristo nasceu na Judeia e morreu crucificado aos 33 anos. Três dias depois, ressuscitou, subiu aos céus e virou líder do Cristianismo, que possui mais de 2 bilhões de seguidores em todo o mundo. Certo? Bem, a história é um pouquinho diferente para uma aldeia no Japão: Jesus teria vivido e morrido por lá!
Em Shingo, localizada a 650 km de Tóquio, acredita-se que Jesus esteja enterrado sob um montículo de terra sinalizado com uma cruz. Seria esse o lugar do descanso eterno para quem teve tanto importância na Terra? Na crucificação, teria sido o irmão mais novo de Cristo, Isukiri a morrer.
Está achando tudo muito absurdo? Calma que a história está só começando! A lenda diz que Jesus teria fugido da Judeia para Sibéria, por conta da perseguição que sofria por ser o Filho de Deus. De lá, acabou indo parar em Aomori, no extremo norte japonês, onde se estabeleceu, virou fazendeiro, casou e formou família. Ele teria vivido até os 106 anos de idade!
Suposto túmulo de Jesus Cristo
A origem da lenda
A aproximação de Jesus com o Japão teria acontecido quando ele tinha 21 anos. Ele ficou estudando por lá durante 12 anos, quando resolveu voltar a Jerusalém para continuar sua pregação. Já com 33 anos e perseguido, Jesus teria retornado ao país que o adotou e passou a viver o resto de seus anos na terra do Sol Nascente.
Essa história maluca teria se iniciado por volta de 1930, quando os Documentos Takenouchi teriam supostamente sido encontrados. Eles relatariam a vida e a morte de Cristo quase como conhecemos, mas também traziam informações sobre os anos que não são descritos na Bíblia e que servem de especulação para historiadores até hoje.
O sacerdote xintoísta japonês Kyomaro Takeuchi disse que descobriu os documentos em sua biblioteca particular. Eles estariam escritos em hebraico, a língua oficial do período em que Cristo caminhava pela Terra. Claro que essas supostas provas desapareceram, restando apenas as traduções em japonês e em inglês desses registros, que, se forem verdadeiros, poderiam mudar toda a história do Cristianismo.
Será que Cristo teria vivido mais de 8 décadas no Japão?
Farsa? Sim, mas com fatos estranhos...
Estudiosos de religiões analisaram essa história e a consideraram uma farsa. Porém, alguns detalhes ainda chamam a atenção, como o fato de o primeiro nome da aldeia Shingo ter sido Herai, que se acredita poder ser um derivado de “hebrai”, que significa “hebreu” em japonês. Inclusive, linguistas apontam diversas semelhanças entre as línguas hebraica e japonesa.
Na aldeia de Shingo, muitos rituais ao longo da vida são bastante distintos de várias regiões do Japão, aproximando-se de práticas ocidentais. Porém, a existência da cruz no suposto túmulo de Jesus levanta outra questão: se Cristo não morreu crucificado, por que marcar a sua tumba com esse símbolo?
Para deixar a história ainda mais surreal, existem dois túmulos em Shingo: um para o corpo de Cristo e outro para a orelha de seu irmão! Sim, apesar de o tal Isukiri ter sido supostamente crucificado no lugar de Jesus, uma de suas orelhas ganhou uma cova particular no Japão.
Placa conta a história de Cristo no Japão e mostra o local onde ele estaria enterrado
Herdeiros vivos
Mas se tudo isso for mesmo uma grande mentira, quem estaria nas covas? Para estudiosos, seriam missionários católicos que visitaram o Japão durante o século 16. Talvez, após esse fato, tenham começado a surgir as lendas que são amplamente divulgadas na aldeia até hoje.
Junichiro Sawaguchi é um dos maiores anciões da aldeia e diz ser descendente direto de Jesus Cristo. Ele próprio duvida de “algumas” das informações que garantem que o Filho de Deus morou e morreu por lá. Só que ele não questiona muito esses fatos e prefere dar de ombros quando é confrontado. Outro detalhe curioso é que ele se declara budista, mesmo, supostamente, sendo herdeiro de Jesus.
Celebração ao lado do suposto túmulo
FONTE(S)
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