quinta-feira, 4 de junho de 2015

Você pode estar ganhando peso por causa dos barulhos que ouve todos os dias


 

É comum ouvirmos desde crianças que sons altos são prejudiciais à nossa audição, mas quem aí já ouviu falar que eles também podem influenciar na eterna briga contra a balança? Essa é a conclusão de diversas pesquisa realizadas nos últimos anos, que comprovaram através de estudos de caso com centenas de participantes que ouvir barulho demais pode fazer um mal danado à nossa saúde.
O que acontece na verdade é uma espécie de efeito dominó: a exposição contínua a sons pode levar uma pessoa a um grande nível de estresse, mesmo que ela não perceba. Isso interfere no nosso equilíbrio hormonal, pois o organismo interpreta aquilo como uma forma de ameaça e dispara substâncias que nos façam “reagir ao perigo”, como cortisol e adrenalina.
Esses hormônios causam um aumento na frequência cardíaca e na pressão sanguínea – o que em longo prazo pode causar diversas doenças cardiovasculares – e faz o corpo consumir reservas de calorias sem necessidade. Então o cérebro determina que essas reservas devam ser reabastecidas e nessa hora você começa a comer mais do que o necessário.
Já que é provável que você viva constantemente em um ambiente barulhento – em casa, na escola ou no trabalho –, seu cérebro prevê que vai acontecer um outro gasto dessas reservas de novo no futuro e então se prepara para essa situação acumulando “mantimentos” em uma quantidade maior do que a que é consumida. Se nem perceber, a pessoa já caiu em um ciclo vicioso.
Quanto mais próximo o indivíduo está de fontes constantes de sons – ruas com grande fluxo de carros, aeroportos, rodoviárias, ferrovias, lugares com grande aglomeração de pessoas, casas de show, etc –, maiores são as chances de começar a ganhar peso inadvertidamente.
Na Suécia, um estudo realizado por cientistas de uma das maiores universidades médicas do país provou que quem vive em áreas barulhentas tende a engordar mais do que quem vive em ambientes mais silenciosos.

Não são apenas os decibéis

No entanto, os riscos não se resumem apenas a alguns quilinhos a mais. Um estudo realizado na Dinamarca em 2011, publicado no Jornal Europeu do Coração, analisou pessoas com mais de 65 anos que moram próximas a estradas que sejam muito movimentadas.
A pesquisa constatou que esses indivíduos têm uma chance 25% maior de sofrerem um acidente vascular cerebral para cada dez decibéis adicionais a que são submetidos continuamente. Em 2013, pesquisadores ingleses constataram que quem vive próximo ao aeroporto de Heathrow, em Londres, tem maior propensão a ser admitido em um hospital ou a morrer prematuramente.
Mas não pense que o problema se resume somente a sons altos, porque qualquer tipo de barulho pode afetar o organismo, e o que diferencia um caso do outro é algo completamente subjetivo. Você pode adorar o som de seus chinelos arrastando pelo chão quando está em casa, mas seu vizinho pode estar enlouquecendo com isso. Ou talvez seja você quem esteja surtando com o barulho contínuo do ventilador dele.
Segundo os médicos, não há um limite seguro de poluição sonora que uma pessoa pode tolerar antes que isso comece a afetar sua saúde, e mesmo enquanto dormimos estamos sendo afetados. Pessoas que sofrem com um “zumbido” contínuo, no entanto, são ainda mais vulneráveis, pois cerca de 40% delas sofrem de hiperacusia, ou seja, sensibilidade elevada a barulho.

Experimente cortar os ruídos

Caso você sofra com a quantidade de barulhos do cotidiano, a solução pode ser adotar uma “dieta sonora”: tente usar tampões de ouvido quando for para a cama ou cobrir as janelas com algo que abafe o som vindo da rua. Caso seja possível, durma em um quarto que não fique diretamente de frente para possíveis fontes de ruídos. Pesquisas comprovaram que plantas absorvem ondas sonoras, então coloque algumas dentro de casa ou em seu ambiente de trabalho, se for permitido.
Por último, tire uma folga do barulho sempre que puder. Não adianta aumentar o volume da TV para anular o som da construção ao lado da sua residência, então o melhor é se dirigir para um parque ou outro lugar similar onde você fique menos exposto a tantos sons simultaneamente.
E se isso não for uma opção, geralmente o banheiro de casa ou do trabalho já ajuda, por normalmente possuir uma janela pequena, que reduz a passagem de som. Além disso, os azulejos adicionam uma camada extra de isolamento acústico às paredes. Cerca de 15 minutos de redução nos sons já fazem uma grande diferença, e cantarolar também ajuda a melhorar a pressão sanguínea e a frequência cardíaca.
Mas lembre-se, reduzir a quantidade de ruídos apenas não faz ninguém emagrecer. Exercícios e uma alimentação adequada ainda são essenciais para perder peso.

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