terça-feira, 7 de julho de 2015

De acordo com estudo, bissexuais possuem saúde mais frágil

De acordo com um polêmico estudo publicado pela Universidade de Rice, no Texas, as pessoas que se consideram bissexuais possuem saúde mais frágil do que heterossexuais e homossexuais. Contudo, nada foi comprovado cientificamente até o momento, pois são somente hipóteses que sugerem esse quadro com base em entrevistas de centenas de pessoas, porém é um estudo, no mínimo, interessante.
O que é especialmente interessante é o fato de os próprios bissexuais classificarem os seus níveis de saúde e de bem-estar como inferiores ao das pessoas de demais sexualidades. As razões para isso não são claras, porém apresentam um comportamento que tem potencial para melhor estudado e entendido. Para fazer o estudo, os pesquisadores pediram para que 10 mil pessoas que pertencem às minorias (bissexuais, gays e lésbicas) classificassem os seus níveis de saúde e que outros 405 mil heterossexuais também respondem às questões.
De acordo com Bridget Gorman (o principal autor do estudo), as pesquisas sobre a saúde da população das minorias normalmente é insuficiente, já que em muitos casos não se faz distinção entre os diferentes tipos de minorias sexuais. Outras questões também foram analisadas nos questionários, como status socioeconômico, grau de educação, salário e empregabilidade dessas pessoas – fatores que podem influenciar na saúde de um indivíduo.
O resultado revelou que 19,5% dos homens bissexuais e 18,5% das mulheres bissexuais acham que a saúde deles está em um nível ruim ou mediano – a maior proporção entre todos os grupos. Em contraste, somente 11,9% dos homens gays e 10,6% das mulheres lésbicas se identificaram com esse grau baixo (a menor proporção do estudo). Já os heterossexuais ficaram no meio, 14,5% dos homens e 15,6% das mulheres se classificaram desse modo.

E não é só isso...

Outros dados também mostraram que os bissexuais possuem mais diferenças nítidas em relação aos outros grupos, pois somente 26% dos homens e 32% das mulheres se graduaram na universidade. Nos gays, esse número é de 57% e nos heterossexuais é de 38%. Além disso, foi constatado que os bissexuais fumam mais do que homos e héteros. Como se essas características não fossem suficientes, os pesquisadores perceberam que, dos três grupos, os bissexuais são os que têm o menor salário.
Mas o que esses dados realmente querem dizer? É complicado afirmar com 100% de certeza. De acordo com o coautor Justin Denney, se os bissexuais são a minoria dentro da minoria eles podem experimentar mais formas de discriminação, que, consequentemente, podem afetar outros campos, como saúde, grau de educação e predisposição ao tabaco – aspectos que influenciam o bem-estar.
Seja como for, o estudo da Universidade de Rice foi publicado na Revista Geography e traz questionamentos que são dignos de discussão – e que provavelmente serão analisados por um bom tempo.

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