sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Arqueologia galáctica: astrônomos descobrem estrelas migratórias

Que a Lua gira em torno da Terra e esta gira em torno do Sol, todo mundo está ligado, não é mesmo? Porém, todos os astros no universo estão em constante movimento. O próprio Sol, com todo o seu sistema planetário, gira ao redor do centro da Via Láctea – a galáxia na qual vivemos.
Não existe um número determinado de galáxias no Universo, mas astrônomos acreditam em no mínimo 100 bilhões. Já o número de estrelas e planetas em cada uma delas é ainda mais difícil de calcular. Só na Via Láctea, por exemplo, podem existir outras 400 bilhões de estrelas, além do Sol! E cada uma delas pode conter um sistema próprio de planetas.
Porém, apesar de essas estrelas também possuírem uma “rota” no céu, nem sempre esse trajeto permanece inalterado. Os astrônomos conseguiram estipular, por exemplo, que cerca de 1/3 das estrelas da Via Láctea está em uma órbita diferente de seu local de origem. Esse tipo de estudo está sendo chamado de arqueologia galáctica.
Conceito artístico da Via Láctea

A chave está nos elementos químicos

A pesquisa foi possível através do inovador espectrógrafo infravermelho Sloan Digital Sky Survey-III (SDSS). Através dele, os cientistas puderam determinar elementos químicos em estrelas e compará-los com outro locais de nossa galáxia em que eles se encontram com maior abundância.
“Nós fomos capazes de medir as propriedades de cerca de 70 mil estrelas em nossa galáxia para este estudo em particular, utilizando o SDSS”, explicou Donald Schneider, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA. “Esses dados revelam os locais, os movimentos e as composições das estrelas, fornecendo insights sobre sua formação e sua história”, concluiu o astrônomo.
Para explicar os locais de “nascimento” de uma estrela, os pesquisadores os comparam com os anéis no tronco de uma árvore para ficar mais claro. Através desses anéis, por exemplo, podemos determinar a idade de uma árvore. Da mesma maneira acontece com as estrelas: através da espectrografia, podemos rastrear a impressão digital química da atmosfera das estrelas e determinar seu local de origem dentro da galáxia.
Através disso, foi possível criar o vídeo abaixo, que simula esse processo de “viagem intergaláctia” efetuada por 30% das estrelas estudadas:

Importância do estudo

Mas como esse movimento errático poderia ser explicado? Os astrônomos acreditam que o modelo espiral da Via Láctea pode estar por trás desse fenômeno. Além disso, como a distribuição da massa não é uniforme nos discos espiralados da galáxia, isso também pode gerar a mudança de órbita das estrelas. A importância do estudo é a de entender mais sobre a formação das estrelas, dos planetas e do próprio Universo.

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