quarta-feira, 19 de agosto de 2015

História real sobre Cachorro e Gestos sociais....

Entenda por que, no mundo, seu cão é sempre o ser mais feliz em te ver

Nada, nem ninguém, no mundo (ou fora dele) é capaz de oferecer tanto carinho e um “olá”, “bom dia”, ou qualquer recepção tão calorosa quanto o seu cão. É choro, algumas vezes latido, pulos de alegria, cheiro, lambida nos pés, mãos e, se possível, na cara. É um momento único para ele, mesmo que pareça um ritual diário para você. Mas porque ele reage dessa maneira? O que se passa na cabeça de um cachorro ao reencontrar seu dono? Será que nós agimos da maneira correta para retribuir esse incalculável afeto?
Pois bem, o site IO9 publicou uma matéria interessante sobre as reações dos bichinhos, na qual explica, com uma visão especializada, exatamente o que acontece no momento em que eles reencontram seus donos ou qualquer pessoa que gostam. Acompanhe os pontos a seguir e identifique como deve tratar e abordar seu cão no momento do reencontro.

A evolução da espécie

Cães possuem um parentesco com lobos. Para ser mais preciso, ambas as espécies possuem um ancestral em comum. Para entender alguns dos comportamentos dos cães, é importante saber um pouco mais sobre a relação entre essas espécies que foram separadas há aproximadamente 10 ou 15 mil anos. Mesmo a distância genética já existindo há um longo tempo e a relação comportamental entre eles mesmos e com os ancestrais serem apenas uma especulação, muitas características são comuns aos cães e lobos.
Basicamente, pode se dizer que a característica que começou a distanciar os cães dos lobos é a capacidade de socializar. De acordo com o neurocientista autor do livro “Como os cães nos amam”, Gregory Berns, é possível observar claras semelhanças entre os lobos e os cães atuais, mas há uma diferença fundamental. “Dos lobos ancestrais, aqueles mais sociáveis, que conviviam com os humanos, foram esses que provavelmente deram origem às espécies que antecederam os cães. Eles se juntaram aos humanos e evoluíram para esta condição. Já os antissociais se tornaram os lobos selvagens atuais e sem qualquer ligação com humanos”, afirma Berns.
Entre as características observadas, que são comuns a lobos e cães estão o comportamento de lamber uns aos outros em uma espécie de cumprimento durante um reencontro. A função de socialização desta ação existe, mas nos lobos também pode significar uma forma de checar se o outro possui comida e o que trouxe para “casa”.
Já o neurocientista Giorgio Vallortigara ressalta que a forma de cumprimentar apresentado por cada espécime de lobo, assim como nos cães selvagens, varia de acordo com a personalidade. Porém, os lobos vão mudar conforme a relação que mantém um com o outro. E para as espécies atuais de cães, a habilidade para ser domesticado e interagir com humanos na linguagem de gestos e sinais tem sido a mudança mais significativa da adaptação para sociabilidade.
Jessica Hekman, veterinária que mantém um blog sobre cães, relatou o que observa quando está no Parque dos lobos em Battle Ground, Indiana, Estados Unidos. Segundo ela, um estudo procurou afastar alguns lobos durante alguns dias e depois coloca-los novamente juntos. Durante o reencontro, ela afirmou que os lobos apresentam um comportamento extremamente efusivo entre si, o que não é comum acontecer tanto entre os cachorros. Os cães têm esse tipo de atitude mais esporadicamente e com menos intensidade.
Há outra diferença importante a ser relatada entre os comportamentos de cães e lobos. Segundo Hekman, cães possuem mais abertura a aceitar novidades, enquanto lobos têm mais receio. Ou seja, mesmo sendo forte o bastante para te matar, a tendência é que os lobos façam isso para se proteger por estarem com medo de você. Por isso, os cães se tornaram, ao longo dos anos, mais sociáveis. Tendo em vista o passado próximo dos lobos, com um comportamento semelhante, é interessante que os cães tenham desenvolvido uma convivência tão boa com os humanos.
Essa sociabilidade deixa de ser uma simples distinção na visão de Gregory Berns. O neurocientista afirma que essa característica acabou se tornando uma fortíssima estratégia de adaptação ao meio, pois acabou dando mais resultados para os cães do que para os lobos em termos de sobrevivência e procriação. “Dê uma olhada ao redor do mundo e veja quantos cachorros existem. Com eles, essa se provou ser uma estratégia evolutiva altamente efetiva”, concluiu Berns, fazendo referência ao número muito maior de cães do que de lobos existentes na Terra.
Dessa forma, é importante entender essa relação entre cães e lobos e seus ancestrais para entender como e por que há uma afinidade por parte dos cachorros com seres humanos. Mas o que eles, os cães, pensam sobre nós?

A visão dos cães sobre os humanos

Os cães são capazes de nos reconhecer. Falando assim, de uma maneira simples, pareceria óbvio, mas a questão aqui é que pesquisas mostraram que os cães são capazes de reconhecer humanos pelo cheiro e também conseguem diferenciar perfumes familiares de aromas estranhos. Ou seja, eles nos reconhecem e sabem quem somos, bem como também sabem diferenciar os humanos de outros cachorros.
Isso ocorre pela presença de sensores de aromas que conseguem discernir com clareza o que são humanos e o que são cães. Segundo Berns, um estudo mostrou que o cheiro de um humano familiar ativa uma resposta de recompensa no cérebro e nenhum outro perfume produziu esse efeito.
O trabalho mencionado por Berns foi realizado a partir de imagens do cérebro de um cachorro quando submetido a estímulos. O pesquisador explica que o estudo tem revelado que os cães de fato amam os seus donos, mas não por associação a alguma coisa, por exemplo, comida. “Eles amam a companhia de seres humanos simplesmente por ficarem juntos”, completou Berns.
Jessica Hekman atenta para o fato de que muitas vezes os cães agem de maneira diferente com outros cães e humanos, às vezes até de maneira agressiva que não acontece, ou não é comum, com seus donos. O ponto aqui é entender que os cães sabem diferenciar humanos como um grupo e cães como outro. Assim sendo, segundo Hekman, mesmo que se sintam bem em nossa companhia, é provável que saibam que nós somos diferentes deles.
Essa diferença também pode ser notada pela procura de apoio. Cães tendem a buscar ajuda de humanos ao invés de outros cães. Para a doutora Hekman, esse é um possível sinal de que os cães entendem que humanos podem oferecer recursos que outros cães não podem.
Com toda essa análise, mas sem saber o que realmente os bichinhos pensam sobre nós humanos, fica sempre a dúvida se eles nos veem como suas famílias. Hekman acredita que sim, isso acontece e, para tentar responder isso, recorre à relação do ancestral em comum com lobos. “Nas matilhas de lobos, eles vivem em família, literalmente. Geralmente está o pai, a mãe, filhotes e um ou outro espécime de ninhadas de anos anteriores que ainda não se vira sozinho”, lembrou.
Portanto, se os cães têm reações com humanos que se assemelham com as que lobos têm com outros lobos, provavelmente eles sim, nos veem como seus familiares.

Sim, eles ficam felizes em nos ver

A alegria que os cachorros sentem ao reencontrarem os seus donos após um tempo afastados é semelhante à experiência humana de reencontrar algum amigo ou alguém que gosta muito. As respostas cerebrais desses momentos apresentadas em cães são análogas às mostradas por seres humanos, conforme explicou Berns ao IO9. Como não possuem a mesma capacidade comunicativa e memorial dos humanos, Berns diz ser possível verificar que as reações dos cachorros são puramente emocionais, pois não gravam nomes ou rótulos de pessoas.
Em outras pesquisas foi verificado que, em situações similares, o comportamento de um cachorro é semelhante ao de um bebe quando encontra a mãe. Entretanto, a variação na forma de receberem cada pessoa, a cada dia, varia de acordo com alguns fatores. Entre eles, o temperamento do cão, a personalidade do dono, a natureza da relação, níveis de estresse e ansiedade e a capacidade de autocontrole do cão.
Essas variantes explicam também a diferença entre reações de cães e as nossas, já que, muitas vezes, não possuímos um comportamento tão empolgado. Essas diferenças acontecem principalmente em função do estresse, o qual se manifesta de maneira diferente em humanos e cães.
“A separação entre os cães e seus donos não é voluntária para os bichos. Nunca é natural para um cão, se separar de seu grupo”, afirma Giorgio Vallortigara. Quando eles procuram se afastar e ficar um tempo sozinhos, é diferente, já que fazem por conta própria e sabem que podem se reaproximar a qualquer momento. A separação não voluntária, se não bem aceita pelo cão, justifica os altos níveis de exaltação durante a recepção e os cumprimentos ao reencontrar seus donos.
De qualquer forma, Berns ressalta que o reencontro efusivo pode ser uma espécie de ritual pelo vínculo social ou a manifestação de curiosidade. Ele explica que ao cheirar ou lamber os donos, ele está tentando descobrir por onde esteve, com quem esteve e o que estava fazendo. Se nesse tempo, você estiver com outro cachorro, ele vai saber e pode reagir de maneiras diferentes. Como Berns relata, o cão dele chora bastante.
Mas o que se pode fazer para retribuir tanto carinho e atender às expectativas dos bichos quando os reencontramos?

Retribuindo o afeto e o carinho

Nesse momento, conforme ressalta o físico veterinário Marcello Siniscalchi, é bom analisar o que a situação exige, bem como o que o seu cão precisa. De qualquer maneira, é importante sempre responder à aproximação com o seu cão.
Cada animal tem sua personalidade e forma de agir e a reação dos donos deve estar adequada com essa característica de seu cão. Alguns cães precisam inclusive de treinamento para aprenderem a recepcionar seus donos e qualquer outra pessoa com as quase possuam afinidade.
Jessica Hekman conta que, com a sua cadela Jenny, teve que ensinar a cachorra a subir no sofá para recebe-la cada vez que retorna para casa. Isso porque o entusiasmo e a forma calorosa de recepção não a agradava, pois Jenny a todo momento pulava tentando atingir a sua face para lamber. Agora, no sofá, ela fica no mesmo nível de Hekman e facilita a chegada da dona para que a cachorra lamba a sua bochecha. “É uma parte muito importante deste ritual para ela”, ressalta Jessica.
A veterinária também alerta que ao chegar em casa, o importante não é dizer o que o cão não pode, mas sim indicar o que ele deve fazer. No caso dela, o “não pule em mim” deu lugar ao “suba no sofá”, conforme ela mesma explicou.
Se você possui um cachorro e se familiarizou com as situações descritas, saiba que o ritual de recepção e cumprimentos é importante para o seu bichinho. Então, conforme recomenda Hekman, não deixe de realizar isso com seu animal, mas procure encontrar uma maneira que deixe a situação agradável para todos.

Tem um cachorro? Como é a reação dele ao te ver e o que você faz? 

Conheça a origem de 5 gestos populares

1 – O infame

Surpreendentemente, mostrar o dedo médio em sinal de desagrado é algo que as pessoas fazem há muito, muito tempo. De acordo com Scott, o costume, na verdade, remonta da época da Roma Antiga, quando os romanos usavam odigitus impudicus — ou dedo indecente em tradução livre — para espantar o mau olhado.
Para os antigos romanos, o dedo médio estendido trazia semelhança com o membro sexual masculino e, portanto, era exibido toda vez que alguém sentia que estava sendo encarado maliciosamente. Isso porque os romanos acreditavam que podiam se proteger de maldições e pragas mostrando seu “pipi” manual mágico.

2 – O soquinho

Outro gesto bastante comum é o que você acabou de ver na imagem acima. Segundo Scott, ele surgiu com os boxeadores profissionais dos anos 70, que batiam com as luvas para se cumprimentar antes do início das lutas.
Depois de um tempo, os jogadores de basquete adotaram o costume dos lutadores, e começaram a de trocar soquinhos com os companheiros de time em vez de apertar as mãos — para preservar o carbonato de magnésio nas palmas, usado para melhorar a aderência com a bola. Não demorou até que os fãs de basquete começassem a usar o mesmo cumprimento, e a saudação acabou ficando famosa no mundo inteiro.

3 – O “V”

Aqui no Brasil, assim como em muitos países, o gesto acima é muito usado para simbolizar a vitória e a paz, e o costume de mostrar os dedos formando um “V” surgiu durante a Segunda Guerra Mundial. Conforme explicou Scott, tudo começou graças a Victor de Laveleye, um político Belga, que fugiu de seu país para a Inglaterra para escapar da ocupação nazista.
Enquanto esteve em terras britânicas, Laveleye trabalhou para a BBC dirigindo a transmissão de programas de rádio, e começou a sugerir que os ouvintes dos territórios ocupados usassem a letra “V” como sinal de resistência. Em francês essa letra simbolizava a palavra victoirie, enquanto que em holandês ela significava vrijheid — ou vitória e liberdade, respectivamente —, e Laveleye acreditava que o gesto poderia desmoralizar os soldados alemães.
A imprensa britânica gostou da ideia e logo o gesto se tornou popular entre a população dos países aliados, e se tornou um sinal universal usado para trazer encorajamento e simbolizar a paz. Curiosamente, na própria Inglaterra, se o “V” for mostrado invertido, com a palma voltada para o lado contrário — como a imagem da direita —, ele tem significado obsceno! Então, tenha cuidado em como você posiciona a mão na hora de desejar paz para algum inglês.

4 – O polegar para cima ou para baixo

Você já deve ter ouvido a história de que quando um gladiador perdia na arena, a multidão mostrava os polegares para cima ou para baixo para decidir se ele deveria continuar vivendo ou não. No entanto, conforme já explicamos em uma matéria aqui do Mega Curioso — que você pode acessar através deste link —, isso não passa de lenda.
Segundo Scott, na época dos antigos romanos, mostrar o polegar simbolizava atingir alguém com uma espada. Portanto, se a multidão desejasse que um gladiador fosse morto, bastava com apontar o dedão em qualquer direção. Na verdade, os gestos feitos com os polegares só foram ganhar uma conotação positiva muitos séculos mais tarde, graças aos britânicos, aos franceses e aos chineses.
Os britânicos, por exemplo, costumavam unir os polegares para simbolizar que haviam “selado” um negócio. Já os franceses, quando contavam com os dedos, costumavam começar pelo dedão, então, não demorou até que esse dedo começasse a representar o número 1 e coisas que fossem de primeira classe.
Os chineses também costumavam mostrar os polegares voltados para cima para sinalizar aprovação e, durante a Segunda Guerra Mundial, a população chinesa apontava os dedões para os pilotos norte-americanos que voavam com a Força Aérea Chinesa para ajudar a defender o país contra os japoneses. Os soldados “levaram” o gesto para casa depois da guerra, e o resto dos militares dos EUA adotou o sinal — que acabou se espalhando pelo mundo.

5 – A continência

A famosa saudação militar surgiu a partir do simples gesto de tirar o chapéu como demonstração de respeito. De acordo com Scott, sua origem remonta da conduta seguida pelos militares britânicos do século 18, que deveriam remover seus chapéus na presença de superiores.
“Coldstream Guards”
Entretanto, com a passagem do tempo os uniformes britânicos foram se tornando menos práticos — especialmente se considerarmos aqueles chapéus de pelo de urso da “Coldstream Guards” —, e o ato de remover o acessório da cabeça foi sendo substituído pelo simples toque — e daí ele acabou evoluindo para a continência que conhecemos hoje em dia.

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