SEXTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2015
“A discussão travada foi muito importante, pois ficou nítida a indignação da categoria ante a falta de negociação com o Governo Federal, que não demonstra mínimo interesse em dialogar com os servidores em greve por todo o país. Essa indignação foi fundamental para que a categoria mantivesse a greve”, explicou o presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa), Joaquim Pinheiro.
Joaquim detalhou para a categoria que não houve avanço quanto às negociações travadas com o Governo e Ministério da Educação e Cultura (MEC) há quase quatro meses. Ele explicou que esse quadro se agravou com as medidas do governo em rebaixar ainda mais o que tinha proposto como, por exemplo, congelar salários até agosto, suspender concursos e tirar incentivos para servidores continuarem na ativa.
Em Mossoró foram 73 votos a favor da continuidade da greve, cinco votos contrários e três abstenções, em Caraubas e em Pau dos Ferros a greve foi mantida por unanimidade, com 15 e 17 votos respectivamente. Em Angicos foram registrados 16 votos a favor da greve e duas abstenções, totalizando 121 docentes favoráveis à continuidade da greve em todo o estado.
Paralisação Nacional - Diante da conjuntura e do novo pacote de ajustes apresentado na última segunda-feira (14) pelo governo federal, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF), também composto por docentes da Ufersa, definiu pela realização de um dia nacional de paralisação do serviço público em 23 de setembro, com atividades radicalizadas nos estados e manifestação em Brasília.
Foi consenso no Fórum, composto por 23 entidades nacionais do funcionalismo federal, o repúdio e rejeição aos novos cortes anunciados, que retiram mais direitos dos trabalhadores, confiscam os salários dos servidores, congelam a realização de concursos públicos e aprofundam o desmonte do serviço público, atacando o direito da sociedade a serviços públicos, gratuitos e de qualidade.
Também no dia 23, o Fórum dos SPF realizará manifestação nos estados e em Brasília, buscando unidade com outros setores dos movimentos sociais (MST, MTST, SOS emprego, entre outras entidades), ampliando a mobilização e a pressão junto ao governo para rever os ataques aos trabalhadores
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