segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Obrigada, Formiga: a camisa da seleção brasileira foi honrada


Carrossel Formiga Olimpíadas O fim de uma era: 21 anos dedicados à camisa da seleção brasileira tiveram um encerramento neste domingo. Formiga participou pela última vez de uma partida oficial - foram 160 confrontos - como atleta do Brasil diante da Itália na conquista do Torneio Internacional de Manaus - vitória por 5 a 3. Apesar do desejo de Emily para contar ao menos por mais dois anos com a jogadora, o momento chegou para ela. E com lágrimas, muitas delas, desde o hino nacional.  A nossa Formiga deixa um legado. Uma trajetória de luta desde jovem para provar que o futebol feminino no Brasil tem seu valor. Homenagens faltaram sim para essa grande atleta, esse grande nome. Nunca esteve no palco da Fifa para receber um prêmio por sua importância no cenário, mas foi merecedora. 


A relevância de Formiga, ou Fu como é chamada por todas, fica clara em seu fácil trânsito entre as jovens revelações e os experientes nomes que já vestiram o uniforme canarinho. Sua voz é sempre escutada, mesmo que não seja aqueeeela fã de dar entrevista. Com poucas palavras, fala o que é certeiro, o que precisa ser ouvido. E a razão de ser escutada? Detesta ser poupada. Quer sempre estar em campo mesmo quando uma dorzinha aparece. Além do talento, sua garra molda o que é. Mesmo Marta, nossa craque camisa 10 e cinco vezes melhor do mundo, coloca Formiga como exemplo. Ela é para todas e para todos.

A esperança é que seu talento continue sendo aproveitado pela CBF e pelas entidades que querem uma modalidade forte no país. Não há no mundo um símbolo tão forte de luta pelo futebol feminino. Que seu exemplo seja espalhado e sirva de modelo. Que ela possa também realizar seu próximo sonho. Ser auxiliar e um dia tornar-se técnica. Ela merece, e nós merecemos por muito tempo mais o talento de Formiga.


- Tive problema dentro de casa justamente por causa do meu irmão. Ele não queria que eu jogasse bola no meio dos meninos por ser a única mulher. Hoje eu prefiro entender e aceitar que era uma parte de preocupação e não preconceito porque por eu ser a única mulher e tinha meninos com mais idade do que eu, homens na verdade. Poderiam agir com maldade e eles me proibiam. Mas mesmo assim eu continuava. Eu apanhava. No outro dia eu ia lá e jogava de novo, apanhava, engolia o choro e voltava a jogar. Até que chegou um ponto em que eu fui convidada a jogar. Formiga, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com em agosto.

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