quarta-feira, 29 de março de 2017

Pais tentam arrecadar R$ 150 mil para cirurgia de filha de 2 anos

Lorena Vitoria Camilo Miranda nasceu com mielomeningocele (Foto: Maria Carolina Camilo/Arquivo Pessoal)
om menos de dois anos de idade, a pequena Lorena Vitoria já passou por seis cirurgias. Ela nasceu com mielomeningocele, que é uma malformação congênita na coluna vertebral, e também desenvolveu hidrocefalia. A família, que é de Bertioga, no litoral de São Paulo, está juntando dinheiro para levar a menina à Tailândia, onde ela passará por um tratamento com células tronco que pode dar a chance da menina andar pela primeira vez na vida.
A mãe de Lorena, a dona de casa Maria Carolina Camilo, de 22 anos, descobriu que a filha tinha a doença apenas na hora do nascimento. “A coluna nasceu aberta com os nervos e a medula expostos. Ela fez a cirurgia para fechar com sete dias de vida. E deu hidrocefalia nela. Com nove dias de vida, ela colocou uma válvula. Ao todo, ela já fez seis cirurgias, entre vários procedimentos”, conta Maria Carolina.
Segundo ela, os médicos dizem que Lorena teve uma malformação durante a gestação, mas não há um motivo certo para isso ter acontecido. Os médicos disseram à Maria Carolina que Lorena não iria andar, nem falar e que a doença não tinha cura. A notícia abalou a família toda. Os pais, porém, não desistiram de procurar tratamento para que a filha tivesse uma vida melhor. Lorena faz fisioterapia toda semana para fortalecer os membros e também é acompanhada pelos médicos.
“O que afetou mais é a parte motora, que ela não tem o movimento da cintura para baixo, e a parte do intestino e a bexiga que ela não sente, ela não tem controle. Os médicos disseram que ela não ia falar, mas ela já fala papai e mamãe. A gente ensina”, explica a mãe da menina.
Nas redes sociais, Maria Carolina se juntou a mães de outras crianças que possuem os mesmos problemas que Lorena. Essa foi a forma que ela encontrou de compartilhar experiências e ideias com pessoas que passam pelas mesmas situações que ela e a filha. Assim, descobriu um transplante de células tronco no hospital tailandês Better Being, que pode ajudar no tratamento da mielomeningocele.




Maria Carolina e Lorena (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria Carolina e Lorena (Foto: Arquivo Pessoal)
“Tem mães com filhos com o mesmo problema que já foram, também arrecadaram dinheiro por meio de campanhas. Conheço cinco mães que já foram e a parte motora das crianças melhorou muito e já estão tendo sensibilidade na parte do intestino. É um transplante de células tronco pela veia, que tem o poder de regenerar aquilo que está danificado”, diz. Maria Carolina acredita que o tratamento dará a chance de Lorena andar, com a ajuda da fisioterapia, e sair das fradas.
O procedimento com células-tronco não é realizado no Brasil e os médicos brasileiros e pesquisadores não recomendam o tratamento na Tailândia. Mesmo assim, a família quer levar Lorena para o país já que essa é, aparentemente, a única chance da menina ter um futuro melhor.
A família já enviou para o Better Being Hospital todos os exames de Lorena. Os médicos estrangeiros avaliaram a condição da menina e aceitaram realizar o procedimento. “Eles querem pegar o caso dela porque acreditam que vai ter melhora na parte neurológica e intestinal”, diz a mãe.




A família precisa de R$ 150 mil para viajar com a menina para a Tailândia. Esse valor será utilizado para pagar as despesas no hospital, alimentação e hospedagem durante os 25 dias que ficarão no país. Depois, também há os gastos com fisioterapia e natação. Porém, os pais não tem esse dinheiro. A mãe de Lorena teve que parar de trabalhar como operadora de caixa para poder cuidar da menina. Ela tem feito salgados e bolos para vender para complementar a renda mensal. O pai de Lorena é vigilante e, assim, consegue sustentar a casa.
Por isso, para arrecadar todo o dinheiro, amigos e familiares de Lorena criaram a página nas redes sociais chamada ‘Campanha Juntos pela Lolo’. Eles recebem doações em dinheiro e também realizam eventos como rifas, bingos e pedágios nos semáforos para conseguir a quantia necessária para a viagem. “Se Deus quiser, a gente vai conseguir. É tudo pela saúde dela. Não vamos desistir, A gente vê que as outras crianças estão tendo tanta evolução. Também quero ver minha filha assim. É a minha única filha”, falou.
Tratamento com células tronco pode fazer Lorena andar pela primeira vez (Foto: Maria Carolina Camilo/Arquivo Pessoal)
Tratamento com células tronco pode fazer Lorena andar pela primeira vez (Foto: Maria Carolina Camilo/Arquivo Pessoal)

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