quarta-feira, 22 de março de 2017

Você gosta de mortadela? Saiba os riscos do consumo do produto

Uma conversa na mesa de bar, regada a cervejinha e um pão com mortadela. Ou um café da manhã reforçado, após a mortadela ser fatiada na padaria, com o cheirinho que vem da máquina aumentando o apetite. Deu vontade?
Mas, passada a tentação, vem outra questão, mais importante do que esta. E movida pelo lado racional, neste momento em que a Operação Carne Fraca colocou sob suspeita alguns frigoríficos. Mortadela é perigosa para a saúde?



Muito se fala sobre os riscos da mortadela pelo fato dela ser um produto embutido e processado, composto de uma mistura de carne bovina, suína, de aves e de cubos de gordura.
Na visão de quem trabalha com microbiologia, a composição do produto em tese é confiável. O professor de microbiologia de alimentos da Unicamp, Anderson Sant’Ana, acredita que não há perigo para a saúde, caso as normas de produção do Ministério da Agricultura e da Anvisa sejam obedecidas. As restrições seriam as mesmas de outros alimentos para pessoas com dieta especial.
— Há normas do Ministério da Agricutura com padrões de qualidade, a mortadela não é um produto perigoso se produzido com matérias-primas adequadas. E isso acontece na maioria dos casos.
Mas para a nutricionista Renata Azevedo, pós-graduada pela Unifesp, do ponto de vista da composição e da regulamentação do Ministério da Agricultura, o produto, que precisa seguir normas rígidas de produção, requer agora mais cuidados na hora de ser consumido, devido às revelações da Operação.
— Isso é para ser questionado muito neste momento. O que achávamos antes é que estava havendo controle sanitário perfeito, mas não é o que está sendo mostrado neste atual momento, portanto não sei o que dizer (em relação aos perigos reais da mortadela).
Ela adianta que, do ponto de vista nutricional, apesar de saborosa, é preciso cautela em relação ao consumo da mortadela.
— Se formos pensar no valor nutricional, não é recomendável na alimentação, é uma mistura processada, que passa por temperos e condimentos para chegar no ponto e com isso vem excesso de sódio e de gordura. Por esse lado não é aconselhavel o consumo, mas se for ocasionalmente, em raros momentos, não prejudica, dentro de uma dieta equilibrada.
Com variações na Itália, de acordo com regiões, o alimento também é regulamentado pela União Europeia.



No Brasil, a mortadela segue as diretrizes de instrução normativa do Ministério da Agricultura, que estipulou seis variedades do produto: mortadela convencional, com limites para a mistura, incluindo miúdos como estômago, coração, fígado e outros; mortadela “tipo” bologna, com outro limite de mistura e máximo de 10% de gordura; mortadela italiana, com porções misturadas e proibição da adição de amido; mortadela bologna, um pouco diferente das outras, embutida de forma arredondada; mortadela de ave, com permissão para até 5% de miúdos, como moela e coração.
Uma das prováveis origens do nome é o mortaio, que em italiano é o pilão que esmaga e condensa a massa de carne. Sua origem data de mais de 2 mil anos, na época do Império Romano, quando imperadores a incluíam nos banquetes. A cidade de Bolonha passou a ser o principal centro deste alimento. Mas o produto se tornou tradicional em outros países, como Portugal, Espanha e Irã e chegou ao Brasil no século 20, com os imigrantes italianos. Ao longo do tempo, apesar de alguns críticos, ganhou fama de apetitoso. Vai um pedacinho? Você que sabe.

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