Duas pessoas voluntárias vão receber durante os próximos dois anos injeções de sangue fabricado em laboratório. O projeto é uma iniciativa do Serviço Nacional Britânico de Saúde (NHS). Mas o que tem sido chamado de “sangue sintético” é, na realidade, o resultado do cultivo in vitro de células estaminais, retiradas do cordão umbilical de recém-nascidos, e de células extraídas da medula óssea de adultos.
A “matéria prima” do sangue artificial é então estimulada por uma série de nutrientes que determinam sua diferenciação, resultando na diferenciação do material biológico em células vermelhas. No estágio seguinte elas "amadurecem" e ficam responsáveis apenas por carregar oxigênio.
Se bem sucedida, a técnica poderá passar a abastecer o estoque de sangue de hospitais e evitar contaminações. Em um primeiro momento, os voluntários vão receber pequenas doses (algumas colheres de chá) do sangue para a verificação de eventuais reações adversas. Em laboratório, o sangue sintético se mostrou compatível com o fabricado pelo próprio organismo, o que deve evitar rejeição por parte das cobaias.
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