terça-feira, 4 de agosto de 2015

Dilma agradece a cubanos em eventos de 2 anos do Mais Médicos

Presidente defendeu participação de estrangeiros no programa federal.

Segundo o governo, projeto levou 18 mil médicos a mais de 4 mil municípios.

Laís AlegrettiDo G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira (4) de evento comemorativo aos dois anos do Mais Médicos e, em discurso, agradeceu a participação dos profissionais cubanos no programa. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília.
"Os médicos que vêm de fora dos outros países participam de forma solidária conosco. Tenho obrigação de me referir a um país. Tenho obrigação de me referir à participação de médicos cubanos, que deram mostra, junto com o governo cubano, de solidariedade, profissionalismo, atendimento absolutamente humanizado. E quero agradecê-los e dizer que vocês [médicos cubanos] estreitaram as relações entre o Brasil e Cuba. Vocês são responsáveis por uma relação que hoje não está concentrada, está distribuída por todo o território nacional", disse Dilma.
No evento, a presidente afirmou ainda que recebeu muitos conselhos para interromper o programa. Segundo ela, esses conselhos diziam que o governo "ficaria mal" com os médicos. Para a presidente, essa afirmação lhe soava "estranha".
"Como poderíamos ficar mal com os médicos se estávamos lançando um programa chamado Mais Médicos? Acredito que havia um desconhecimento básico do sentido do programa. Ao mesmo tempo em que críticas eram um tanto quanto extremadas, eu tenho de destacar que por parte dos prefeitos, dos setores, houve também elogios com muita intensidade", afirmou a presidente.

Em julho de 2013, o governo federal lançou o programa Mais Médicos, com a intenção de levar profissionais a regiões mais carentes do país.
Na ocasião, o governo anunciou que a prioridade seria preencher as vagas do programa com profissionais brasileiros. Os postos de trabalho remanescentes seriam ocupados por profissionais estrangeiros ou brasileiros formados no exterior.
A vinda de médicos estrangeiros gerou polêmica e foi criticada pelas entidades de médicos porque permitiu que profissionais que se formaram no exterior atuassem no Brasil sem a necessidade de fazer o exame de revalidação do diploma, o Revalida, que permitiria ao médico atuar tanto no setor público quanto no setor privado.
Na comemoração dos dois anos do programa o governo ainda anunciou a criação de mais 3 mil bolsas de residência médica no país. Segundo o Ministério da Saúde, 75% dessas vagas são para ampliar a formação de médicos especialistas em medicina geral de família e comunidade.
Além disso, de acordo com a pasta, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade na oferta dessas bolsas “para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões”, segundo o Ministério da Saúde. A oferta de vagas faz parte do programa Mais Médicos, que também é voltado para o aumento e melhoria da formação médica.
Em seu discurso, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que houve aumento do número de consultas e redução da necessidade de internações, desde que o programa Mais Médicos foi implementado. “O programa não foi criado só para aumentar o número de médicos, mas para garantir qualidade e humanização do atendimento”, afirmou.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, também destacou a importância da humanização do atendimento. “O médico precisa se transformar em um especialista em gente”, afirmou Janine, citando o cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene.
Janine lembrou, ainda, que as áreas mais desenvolvidas do país estão nas capitais e no litoral e destacou a importância de levar médicos e educação ao interior do Brasil. “Raros são os estados que têm o interior desenvolvido. Raros são os estados afastados do Oceano Atlântico que têm desenvolvimento avançado”, disse.
Balanço
O governo federal divulgou que, em dois anos de funcionamento, o programa levou 18.240 médicos a 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), beneficiando cerca de 63 milhões de pessoas.
Até 2017, a intenção do governo é criar 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com foco em áreas prioritárias para o SUS.

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