A sexta-feira chega, os amigos começam a ligar e aquela festa completamente imperdível tem tudo para render as melhores fotos no Instagram. De repente, você está em meio a uma roda de pessoas estranhas, tirando um ou dois amigos entraram de gaiato contigo, e alguém surge com um baldinho de cerveja e uma bandeja cheia de doses de tequila.
Você acorda no final da tarde do dia seguinte, olha o celular e vê que tem fotos que nem se lembra de ter tirado. Na boca, o gosto de guarda-chuva e uma sede inenarrável, que faria você beber água do vaso se fosse necessário. A dor de cabeça começa na testa e termina no dedão do pé. Seu estômago ainda não decidiu se sente fome ou enjoo, e você leva algumas horas para conseguir ir da cama para o chuveiro. Quem nunca?
Por mais que sair e beber seja algo comum, principalmente entre quem está ali na casa dos 20 anos, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas nunca é uma boa ideia, e a prova disso é uma palavrinha chamada “ressaca”. Há quem diga que a melhor receita para curar ressaca seja beber mais ainda, há quem se limite a tomar um remédio para dor de cabeça e muita água e, claro, há quem experimente aquelas receitas malucas que geralmente incluem ovo cru. Nesse sentido, temos uma boa notícia: música também ajuda.
O Science Alert divulgou os resultados de um estudo bastante interessante, que sugere que nossas músicas favoritas podem ter efeitos curativos, especialmente se combinamos aquele novo CD da sua banda queridinha com um comprimido de Paracetamol. Taí uma receita de cura de ressaca que promete não corromper seu sistema digestório.
A dica foi dada com base em um estudo promovido por especialistas do New York Headache Centre, nos EUA. “Nós temos boas provas de que a música funciona para todo tipo de dor. Não há razão para pensar que com as ressacas seria diferente. Não é tão poderosa quanto a morfina, mas pode ser tão boa quanto Tylenol”, explica o diretor da instituição de pesquisa, Alexander Mauskop.
Ao que tudo indica, esse poder de cura da música tem relação com o fato de que, ao selecionarmos músicas que nos deixam felizes na hora de criar uma nova playlist, nos distraímos e, por consequência, deixamos de focar tanto na dor e no mal-estar. Estudos anteriores já tinham comprovado que a música tem o poder de reduzir sensações de enjoo, que é uma das palavras-chave da vida de quem acorda de ressaca.
“Eu pensaria na ressaca como algo parecido com a migrânia (um tipo de enxaqueca) no sentido de que você não quer ouvir nada muito agudo, muito alto, mas se isso [a música] puder distrair você, vai teoricamente oferecer algum alívio”, disse Lynn Webster, da American Academy of Pain Medicine.
A questão é: música é algo que, definitivamente, nos faz bem. Já é comprovadoque a música clássica ajuda a curar enxaquecas – em casos de migrânias, até mesmo o heavy metal e o dubstep parecem ajudar. Como a música também é uma boa alternativa para quem está com enjoo, então talvez você, que provavelmente não vai cumprir a velha promessa de nunca mais beber em toda a sua vida, possa tentar essa nova receitinha: água, banho, remédio para dor e fones de ouvido. É ou não é melhor que ovo cru?
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