Existem pessoas, as quais não chegam a ser vegetarianas, que deixam de comer carne suína ou bovina por ter dó de sacrificar os animais, mas continuam se alimentando de peixes. Aí surge uma questão levantada há muito tempo e que até hoje não foi bem respondida: será que um peixe sente dor?
De acordo com a LiveScience, que cita um estudo científico publicado na revista Fish and Fisheries, os peixes não possuem os receptores de dor necessários em seus cérebros para que eles tenham a mesma sensação que os humanos e outros tantos animais, como cães e gatos.
O que há de “errado” com os peixes?
Embora os peixes possuam os nociceptores — receptores sensoriais responsáveis pelo envio de sinais elétricos para o cérebro que reconhecem a dor após um estímulo com potencial de dano ao organismo —, essas terminações nervosas não funcionam neles como funcionam em nós.
Os pesquisadores descobriram que o grupo específico dos nociceptores responsável pela dor nos humanos, denominado fibra-C nociceptor, é bastante raro nos peixes e inexistente em tubarões e raias, por exemplo.
Nesses animais aquáticos, o grupo conhecido como delta-A nociceptor é que fica encarregado por tal função, o que implica em uma sensação genuinamente diferente da dor que nós sentimos. “Mesmo que os peixes estejam conscientes, é injustificável supor que eles possuem uma capacidade ‘humanoide’ para a dor”, mencionaram os autores no resumo da sua publicação.
Contestações
Fonte da imagem: Reprodução/iStock
Contudo, críticos especializados no assunto afirmam que os pesquisadores desse estudo estão ignorando uma série de outras pesquisas que contradizem tal conclusão. Por exemplo, em 2003, um experimento científico inseriu veneno de abelhas e uma solução ácida nos lábios de alguns peixes.
Imediatamente, eles começaram a esfregar as suas bocas nas laterais ou parte inferior do tanque de água em que estavam, ficaram mais agitados e apresentaram um aumento no ritmo de respiração.
Outro estudo publicado em 2009 mencionado pela LiveScience relata que alguns peixes demonstraram claramente um comportamento defensivo e até agressivo após passar por uma situação, em teoria, dolorosa — indicando que eles sentiram a dor e a recordavam por algum período. Pelo jeito, ainda não foi dessa vez que esse questionamento foi completamente solucionado.
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