Time de Bernardinho conquista pela terceira vez a competição em partida com belo duelo das gringas Anne e Hooker, mas Monique, Gabi e Fabi ajudam a fazer diferença
O Minas bem que tentou o título da Copa Brasil de vôlei feminino na sua primeira final neste sábado à noite, em Campinas. Mas com o time mais rodado e mais inteiro - a equipe mineira passou para a final jogando até tarde de sexta para sábado uma partida dificílima diante do Osasco -, o Rio de Janeiro do técnico Bernardinho mostrou superioridade técnica, tática e física e conquistou o título pela terceira vez (foi campeão também em 2007, sobre o Osasco, e em 2016, sobre o Praia). A vitória por 3 sets a 0 (25/15, 25/21 e 25/20) mostrou um time, além de mais soberano, com equilíbrio emocional em quadra, ainda que o Minas, depois de dominado no primeiro set, tenha vendido caro a derrota nos dois seguintes.
Meninas do Rio de Janeiro comemoram tricampeonato da Copa Brasil de vôlei feminino (Foto: Divulgação/CBV)
Uma das maiores atrações da final ficou por conta do duelo das gringas. De um lado, a holandesa Anne, cravando as maiores pancadas possíveis. A americana Hooker lutou bravamente também para o Minas reagir, virando bolas fantásticas, mas o time de Bernadinho ainda tinha inspiradas na partida Monique, Gabi, a levantadora Roberta e a experiente e consagrada líbero Fabi, 36 anos, eleita a melhor da partida. Tinha que dar mesmo Rio de Janeiro.
- Achei que o conjunto fez a diferença Roberta botou todas as jogadoras para atacar, e isso dificultou o Minas. Nossa defesa também estava boa. Fico feliz também por ter ajudado bem a equipe - disse a oposto Monique, um dos destaques da vitória.
- Acho que foi um jogo muito difícil, o sistema defensivo delas foi muito superior ao nosso. Não fizemos um bom jogo, paciência. Mostramos evolução, mas não podíamos cometer os erros que cometemos. Na hora de decidir, acabamos pecando. E não foi um bom dia pra mim. Vou tirar as melhores lições desse jogo - afirmou Rosamaria, resignada com a derrota.
Monique (camisa 10) é um dos destaques na vitória do Rio de Janeiro sobre o Minas (Foto: Divulgação/CBV)
Domínio total no primeiro set
Um Minas tenso com sua primeira final na Copa Brasil. Um Rio cheio de confiança e com Monique, Anne e Gabi inspiradas. Não deu outra. Em 21 minutos, o time de Bernardinho definiu o primeiro set por 25 a 15. A partida começou com Hooker abrindo 2 a 0 para o Minas, mas o Rio virou para 3 a 2. Essa foi a tônica no começo: equilíbrio e bons destaques individuais, como Monique. Mas o Minas passou a errar nas definições, e o Rio abriu 10 a 6.
Um Minas tenso com sua primeira final na Copa Brasil. Um Rio cheio de confiança e com Monique, Anne e Gabi inspiradas. Não deu outra. Em 21 minutos, o time de Bernardinho definiu o primeiro set por 25 a 15. A partida começou com Hooker abrindo 2 a 0 para o Minas, mas o Rio virou para 3 a 2. Essa foi a tônica no começo: equilíbrio e bons destaques individuais, como Monique. Mas o Minas passou a errar nas definições, e o Rio abriu 10 a 6.
A partida estava 11 a 6 para o Rio quando Paulo Coco lançou Jaqueline no lugar de Rosamaria. De um lado, Hooker buscava reação para o Minas mandando verdadeiras bombas, mas Anne e Monique devolviam. A diferença chegou a 20 a 12. Gabi também estava impossível e virava bem. O Minas errava nos ataques. Com 20 minutos, Gabi fez 24 a 12 no saque. Set point. Anne soltou a pancada em cima de Jaqueline. Em 21 minutos, 25 a 15 para o Rio.
Segundo set mais disputado
O segundo set foi mais disputado. Mais agressivo, o Minas voltou a abrir 2 a 0. Mas Anne e Monique não tomavam conhecimento do bloqueio rival e continuavam perfeitas, virando tudo. Inclusive o jogo: 5 a 2. Paulo Coco pediu outro tempo. Juciely também jogava o fino para o Rio. Mas o Minas ainda tinha em Hooker sua maior esperança. Jaqueline inflamou a torcida quando estourou o bloqueio do Rio e diminuiu para 7 a 5. A variação tática do Rio, com boas viradas de jogo e uma defesa mais sólida, com Fabi se desdobrando, impediam no entanto aproximação maior do Minas, que depois de 12 a 7 buscou na garra e com Hooker novamente uma reação para 13 a 10.
O segundo set foi mais disputado. Mais agressivo, o Minas voltou a abrir 2 a 0. Mas Anne e Monique não tomavam conhecimento do bloqueio rival e continuavam perfeitas, virando tudo. Inclusive o jogo: 5 a 2. Paulo Coco pediu outro tempo. Juciely também jogava o fino para o Rio. Mas o Minas ainda tinha em Hooker sua maior esperança. Jaqueline inflamou a torcida quando estourou o bloqueio do Rio e diminuiu para 7 a 5. A variação tática do Rio, com boas viradas de jogo e uma defesa mais sólida, com Fabi se desdobrando, impediam no entanto aproximação maior do Minas, que depois de 12 a 7 buscou na garra e com Hooker novamente uma reação para 13 a 10.
Fabi, do Rio de Janeiro, foi eleita a melhor jogadora da final da Copa Brasil de vôlei feminino (Foto: Divulgação/CBV)
Com 14 a 11, o torcedor de Campinas escolheu definitivamente torcer pelo Minas. O Rio, com time mais rodado, não se intimidou. Num belo rali de 52 segundos, Anne soltou a bomba santa e fez 17 a 11. Mas Hooker e uma batida seca de Carol Gattaz deram mais emoção: 17 a 14. O jogo chegou a ficar 20 a 17. O Minas diminuiu mais a diferença. Com 22 a 20, Bernardinho pediu tempo. Com 23 a 21, Pri Daroit errou o saque. Set point. E Gabi cravou 25 a 21: 2 sets a 0 para o Rio, com 28 minutos e 45 segundos.
Emoção até o fim
Soberano na quadra, com Anne, Monique e Gabi distribuindo pancadas e Roberta comandando as viradas de jogo perfeitas, a pressão sobre o Minas logicamente cresceu. O Rio abriu 2 a 0, mas o Minas, com Carol Gattaz mais presente e Karine tão boa quanto no segundo set, comandaram virada para 3 a 2. O bloqueio estava melhor, mas era necessário ser mais agressivo. E dá-lhe Hooker, marcando seu 13º ponto, abrindo 6 a 4 para o Minas e igualando-se a Anne, também àquela altura com 13 pontos na partida. Com 8 a 6 para o Minas, novo rali, e Anne destilou a potência na mão direita: 8 a 7. Logo depois, a holandesa empatou.
Soberano na quadra, com Anne, Monique e Gabi distribuindo pancadas e Roberta comandando as viradas de jogo perfeitas, a pressão sobre o Minas logicamente cresceu. O Rio abriu 2 a 0, mas o Minas, com Carol Gattaz mais presente e Karine tão boa quanto no segundo set, comandaram virada para 3 a 2. O bloqueio estava melhor, mas era necessário ser mais agressivo. E dá-lhe Hooker, marcando seu 13º ponto, abrindo 6 a 4 para o Minas e igualando-se a Anne, também àquela altura com 13 pontos na partida. Com 8 a 6 para o Minas, novo rali, e Anne destilou a potência na mão direita: 8 a 7. Logo depois, a holandesa empatou.
Carol empatou em 9 a 9 para o Rio e comemorou de frente para Jaqueline, que reclamou. Os nervos estavam à flor da pele. O Rio abriu 11 a 9 quando Paulo Coco pediu tempo. O jogo ficou mais tenso. Anne e Monique brilhavam, e a brasileira, quando fez 19 a 17, encostou em Anne, marcando seu 15º ponto na partida - Anne tinha 16. Num erro de arbitragem num momento delicado no set - deu uma bola fora de Jaqueline que foi dentro -, o Rio abriu 20 a 18. Jaqueline ficou tensa e errou o saque, o Rio fez 23 a 19. No set point, por essas coisas do destino, Hooker, a destaque do time, errou. Era o terceiro título do Rio de Janeiro: 25 a 20.
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