A Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
aprovou nesta quarta-feira (31) o projeto (PLC 17/2017) de autoria do
deputado Ricardo Izar (PP-SP) que proíbe a eliminação de cães e gatos
por órgãos de controle de zoonoses, canis e estabelecimentos similares. A
proposta segue para a análise do Plenário do Senado.
Pelo texto, fruto de relatório do
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fica expressamente proibida na lei
a eliminação desses animais, salvo as disposições específicas que
tratam sobre a eutanásia.
Nestes casos, a eutanásia só poderá ser
praticada em casos de males, doenças graves ou enfermidades
infectocontagiosas incuráveis que possam colocar em risco a saúde humana
e a de outros animais. Sacrificar os animais só será permitido a partir
de um laudo do responsável técnico pelos órgãos de controle ou dos
canis, precedido, se for o caso, de exame laboratorial.
E ressalvados os casos de doença
infectocontagiosa incurável, que caracterize risco à saúde pública, os
animais poderão ser resgatados por entidades de proteção animal. Nos
casos de animais recomendados para a eutanásia, estas entidades deverão
ter o acesso irrestrito a toda a documentação que comprove a legalidade
dos procedimentos.
A proposta ainda remete à lei de crimes
ambientais (lei 9.605/1998) os estabelecimentos que a descumprirem. Em
caso de aprovação pelo Congresso Nacional e posterior sanção
presidencial, a lei decorrente do projeto aprovado nesta quarta-feira
pela CAS deverá entrar em vigor 120 após sua publicação pelo Diário
Oficial da União.
— Nosso objetivo é o bem-estar dos
animais e também a proteção à saúde das pessoas. Os estados precisam
adotar um controle mais refinado de cães e gatos sem donos, estruturando
seus serviços de saúde, vigilância sanitária e controle de zoonoses,
adotando assim práticas menos brutais do que simplesmente matá-los —
afirmou Randolfe durante a votação da proposta.
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