sexta-feira, 19 de junho de 2015

Final do Sub-20 ás 2h da madrugada de 20 de Junho de 2015.



Foram apenas cinco meses. Da melancólica derrota por 3 a 0 na última rodada do hexagonal do Sul-Americano até a decisão do Mundial, a seleção brasileira sub-20 passou por diversas mudanças num curto espaço de tempo. Técnico, comissão técnica, filosofia de jogo, atletas... Cada setor passou por alterações neste período de tempo. A campanha é boa, o time está invicto, mas, para tirar nota 10, é preciso passar por um último adversário: a Sérvia, na final deste sábado, às 2h (de Brasília), no estádio North Harbour, em Auckland. O SporTV transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. 
Chegar à final, dadas as circunstâncias, é algo louvável. A preparação brasileira não foi das mais adequadas: o técnico Alexandre Gallo foi demitido a três dias do início dos treinos. Embora criticado pelo estilo de jogo apresentado no Sul-Americano, ele próprio já havia feito a mea-culpa. Tanto que foi o responsável pela convocação e alterou o elenco de forma drástica: apenas oito jogadores permaneceram. 
Brasil x Senegal Mundial sub-20 - AP (Foto: AP)Jogadores comemoram gol contra Senegal: união é vista como diferencial entre jogadores (Foto: AP)
Gallo já havia detectado algumas coisas. O grupo do Sul-Americano não havia encaixado. Alguns jogadores renderam muito abaixo do esperado, como Gabriel, Nathan e Thalles – nenhum deles foi chamado. O elenco do Mundial foi mais leve, sem estrelas, mas com forte sentido coletivo, como os atletas fazem questão de frisar a cada entrevista. 
- Na primeira coletiva que fizeram, eu enfatizei bastante sobre o espírito de união, sobre o carinho que se tem aqui, o respeito e a entrega de um pelo outro de querer dar o melhor, o máximo, sempre em prol do coletivo – disse o capitão Danilo. 
Rogério Micale Brasil sub-20 (Foto: Felipe Schmidt)Rogério Micale, técnico da seleção sub-20, assumiu equipe a poucos dias do início da preparação para o Mundial (Foto: Felipe Schmidt)
Rogério Micale foi o responsável por assumir o time em tão pouco tempo. Sem poder mexer no elenco que tinha em mãos, tratou de dar uns retoques aqui e ali; implantou alguns conceitos nos quais acredita, tornou o time mais ofensivo e cadenciado. Fora de campo, Erasmo Damiani assumiu a coordenação e deu mais tranquilidade para a comissão trabalhar – antes, Gallo acumulava as funções. 
A própria comissão técnica é diferente do Sul-Americano. Apenas o médico Paulo Forte permaneceu. No processo de saída de Gallo, os profissionais que trabalhavam com ele foram dispensados. Os novos foram escolhidos pela CBF e se integraram ao trabalho de Micale. 
Apesar de tantas mudanças, tanto imprevisto, as coisas deram certo. Entre os jogadores, a boa impressão aconteceu ainda durante a preparação, em Atibaia. 
- O grupo passado também era bastante unido, mas no início da competição (Sul-Americano) não encaixou. Este grupo encaixou desde o início da preparação. A gente já vinha com esse pensamento de ser campeão, já tinha um padrão. Acho que isso ajudou bastante – analisou Marcos Guilherme. 
No cotidiano, o ambiente entre os jogadores é muito bom, com brincadeiras, sem grupinhos. O entrosamento  foi levado para dentro de campo. 
- A diferença está sendo mais dentro de campo, o comprometimento de todos. A união que todos estão tendo é o que está fazendo a diferença. 
Brasil x Senegal Mundial sub-20 - AP (Foto: AP)Capitão, Danilo pula por cima dos jogadores para festejar gol (Foto: AP)
Outra tecla na qual os atletas sempre batem diz respeito ao estilo de jogo do Mundial. Se do Sul-Americano eles sempre se lembram dos gramados irregulares, da torcida em cima, das entradas violentas, na Nova Zelândia a história é diferente; as condições, segundo os jogadores, são mais propícias para que eles desenvolvam um bom futebol. 
- A competição é diferente. No Sul-Americano não conseguimos entender como a era a competição, um jogo de mais força, mais briga mesmo. A gente com bola no chão não conseguia impor nosso ritmo. Aqui é diferente. As equipes são mais organizadas, a gente consegue fazer nosso trabalho, que é bola no chão, ir para cima. Acho que aqui a gente conseguiu entender mais a competição, e isso coincidiu com o nosso futebol – completou Marcos Guilherme. 
Com a Sérvia pela frente na decisão, as críticas ficaram para trás. Mas Marlon sabe que elas, de certa maneira, foram importantes para a volta por cima em cinco meses. 
- A gente não pode colocar a crítica na nossa vida para destruir, mas fazer com que possamos crescer mais. Temos que saber lidar com isso. Foi muito importante para a gente aprender e executar aqui. 

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