Técnico do FC Goa não consegue indicação de cinco federações e está fora da briga. Imprensa internacional diz que sete pessoas serão candidatos à eleição de fevereiro
Zico focou campanha nas redes sociais, mas não conseguiu o apoio de cinco federações para ser candidato à Fifa (Foto: Divulgação)
Zico não será candidato à presidência da Fifa. Durante seu programa na Rádio Globo do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, o ídolo do Flamengo revelou que não conseguiu a indicação de cinco federações para oficializar sua candidatura. A eleição está marcada para o dia 26 de fevereiro de 2016.
- Não foi possível conseguir as cinco cartas para ter a candidatura. Conversei com diversas pessoas e pelo menos umas seis quase que garantiram isso. Mas hoje houve uma reviravolta na questão da Uefa e não vejo que nada pode mudar. Principalmente por aqueles que lá vão estar, não vejo esperanças de que vai vir uma coisa nova. Lamento tudo isso que vem acontecendo. Pelo menos demos nosso recado e mostramos o que precisa ter para clarear - disse o Galinho, referindo-se à indicação da Uefa por Gianni Infantino no lugar de Michel Platini.
Segundo a imprensa internacional, sete pessoas entregaram a documentação necessária à Fifa até o final do prazo, na noite desta segunda, e serão os candidatos: Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa; o príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia; o francês Jerome Champagne; o ex-jogador David Nakhid, de Trinidad e Tobago; o sul-africano Tokyo Sexwade; o liberiano Musa Bility; e Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC).
Favorito para assumir o lugar que era de Joseph Blatter, Michel Platini acabou abrindo mão da candidatura para o seu braço-direito na Uefa. Assim como o suíço, o ex-jogador francês e atual presidente da Uefa está suspenso do futebol por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa. Platini e Blatter são investigados pela Procuradoria-Geral da Suíça por um "pagamento indevido" de 2 milhões de francos ao francês em fevereiro de 2011, com a justificativa de "trabalho feito entre janeiro de 1999 e junho de 2002".
Zico anunciou em 2 de junho que tentaria ser candidato à presidência da entidade, logo apósBlatter colocar o cargo à disposição por causa da crise que se instalou com a prisão de sete dirigentes ligados à Fifa - incluindo o brasileiro José Maria Marin. Com uma campanha voltada às redes sociais, o Galinho recebeu a promessa da CBF que receberia o apoio caso outras quatro federações também se posicionassem a favor do ídolo do Flamengo. Atualmente, o ex-camisa 10 é técnico do FC Goa, que disputa a Super Liga Indiana.
- A gente fez durante a nossa carreira uma vida de credibilidade e honestidade, que a gente queria levar para o futebol. Fico muito feliz por poder ter visto uma campanha neste sentido e torcer que para aqueles que estão lá com uma responsabilidade possam olhar para o futebol com amor e paixão e não com o olhar de dinheiro no bolso - concluiu Zico.
Segundo o regulamento da Fifa, cada interessado tem que ser indicado por pelo menos cinco países para poder ser oficializado como candidato. Reeleito em 29 de maio (dois dias após as prisões em Zurique) para seu quinto mandato, Blatter em seguida afirmou que deixaria o cargo e convocou novas eleições. O suíço ficaria no poder até o novo presidente ser eleito, mas acabou suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias, em 8 de outubro, e teve que dar o lugar ao camaronês Issa Hayatou, vice-presidente mais antigo dentro do Comitê Executivo e presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF).
Em visita à CBF, Zico ouviu promessa de apoio de Marco Polo del Nero para a candidatura (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
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